Polícia Judiciária (PJ) está a investigar as “relações perigosas” entre promotores imobiliários, a Académica e a Câmara Municipal de Coimbra.
Correio da Manhã - João Henriques, Coimbra
Foram já realizadas buscas na residência de José Eduardo Simões, presidente do clube e ex-director municipal de urbanismo da autarquia, na sede do ‘Briosa’ e até na edilidade local.
Um dos assuntos a aclarar diz respeito à forma com a ‘Briosa’ conseguiu adquirir o passe do futebolista Marcel (actualmente emprestado ao Benfica até final da época) ao Suwon Samsung Bluewings, da Coreia do Sul, por uma verba (1,8 milhões de euros) fora do alcance dos cofres da ‘Briosa’.
Recorde-se que o negócio, na altura, demorou algum tempo a concretizar-se e só foi possível fechar com o recurso a um grupo de investidores que disponibilizou o dinheiro. Para analisar este caso, os investigadores ouviram José Eduardo Simões sobre a empreitada da Urbanização Jardins do Mondego, cujo proprietário é Emídio Mendes, empresário ligado à construção civil e também apontado como detentor de parte do passe de Marcel.
E porque os negócios entre Simões e Mendes geram suspeitas, o CM sabe que as buscas não se circunscreveram a Coimbra. Na região de Lisboa, inspectores tentaram interrogar Emídio Mendes sobre os mesmos processos – Marcel e Urbanização Jardins do Mondego – mas o empresário está ausente do País.
Simões acompanhou as buscas, ladeando os investigadores da área do combate à corrupção e criminalidade económica e financeira da PJ de Coimbra.
Estes tinham ainda como objectivo procurar documentos relacionados com interesses cruzados entre a política, o sector imobiliário e o futebol, sem esquecer as transferências de jogadores. Segundo fonte policial, uma carta anónima remetida, em Abril de 2005, para a PJ, Procuradoria-Geral da República e Inspecção-Geral do Território desencadeou as investigações.
Para já, o presidente da Académica apenas confirmou a visita da PJ à sede do clube: “Face às notícias veiculadas aquando do período eleitoral das autárquicas, esta visita peca por tardia. Viver com a sombra de uma suspeição é o pior que pode acontecer a quem está inocente. A Académica está bem, vai melhorar e eu continuarei, como até aqui, de cabeça erguida.”
O exercício simultâneo da actividade de Simões como director do urbanismo e presidente de clube, que terminou no final de Dezembro de 2005, e a ligação entre alguns empreendimentos imobiliários licenciados pela autarquia e o financiamento do futebol profissional da ‘Briosa’ são o alvo da investigação. Entre as obras referenciadas na carta anónima estavam, entre outras, a remodelação do Estádio Cidade de Coimbra e da Urbanização Jardins do Mondego.
As suspeitas são claras e versam o alegado favorecimento de Simões, então responsável pela Direcção Municipal de Administração do Território, a promotores imobiliários para, desta forma, angariar dinheiro para o clube. Recorde-se que a acumulação de funções sempre mereceram a reprovação da oposição ao executivo de Carlos Encarnação. As irregularidades detectadas na Urbanização Jardins do Mondego – construção de um piso a mais – originaram a saída de quadros da Câmara, levando ao embargo da obra
Correio da Manhã - João Henriques, Coimbra
Foram já realizadas buscas na residência de José Eduardo Simões, presidente do clube e ex-director municipal de urbanismo da autarquia, na sede do ‘Briosa’ e até na edilidade local.
Um dos assuntos a aclarar diz respeito à forma com a ‘Briosa’ conseguiu adquirir o passe do futebolista Marcel (actualmente emprestado ao Benfica até final da época) ao Suwon Samsung Bluewings, da Coreia do Sul, por uma verba (1,8 milhões de euros) fora do alcance dos cofres da ‘Briosa’.
Recorde-se que o negócio, na altura, demorou algum tempo a concretizar-se e só foi possível fechar com o recurso a um grupo de investidores que disponibilizou o dinheiro. Para analisar este caso, os investigadores ouviram José Eduardo Simões sobre a empreitada da Urbanização Jardins do Mondego, cujo proprietário é Emídio Mendes, empresário ligado à construção civil e também apontado como detentor de parte do passe de Marcel.
E porque os negócios entre Simões e Mendes geram suspeitas, o CM sabe que as buscas não se circunscreveram a Coimbra. Na região de Lisboa, inspectores tentaram interrogar Emídio Mendes sobre os mesmos processos – Marcel e Urbanização Jardins do Mondego – mas o empresário está ausente do País.
Simões acompanhou as buscas, ladeando os investigadores da área do combate à corrupção e criminalidade económica e financeira da PJ de Coimbra.
Estes tinham ainda como objectivo procurar documentos relacionados com interesses cruzados entre a política, o sector imobiliário e o futebol, sem esquecer as transferências de jogadores. Segundo fonte policial, uma carta anónima remetida, em Abril de 2005, para a PJ, Procuradoria-Geral da República e Inspecção-Geral do Território desencadeou as investigações.
Para já, o presidente da Académica apenas confirmou a visita da PJ à sede do clube: “Face às notícias veiculadas aquando do período eleitoral das autárquicas, esta visita peca por tardia. Viver com a sombra de uma suspeição é o pior que pode acontecer a quem está inocente. A Académica está bem, vai melhorar e eu continuarei, como até aqui, de cabeça erguida.”
O exercício simultâneo da actividade de Simões como director do urbanismo e presidente de clube, que terminou no final de Dezembro de 2005, e a ligação entre alguns empreendimentos imobiliários licenciados pela autarquia e o financiamento do futebol profissional da ‘Briosa’ são o alvo da investigação. Entre as obras referenciadas na carta anónima estavam, entre outras, a remodelação do Estádio Cidade de Coimbra e da Urbanização Jardins do Mondego.
As suspeitas são claras e versam o alegado favorecimento de Simões, então responsável pela Direcção Municipal de Administração do Território, a promotores imobiliários para, desta forma, angariar dinheiro para o clube. Recorde-se que a acumulação de funções sempre mereceram a reprovação da oposição ao executivo de Carlos Encarnação. As irregularidades detectadas na Urbanização Jardins do Mondego – construção de um piso a mais – originaram a saída de quadros da Câmara, levando ao embargo da obra
Nenhum comentário:
Postar um comentário