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6 de jun. de 2021

Estado quer usar lei federal contra Plano Diretor

Estado quer usar lei federal contra Plano Diretor
Secretário de Meio Ambiente diz que governo não admite verticalização de São Sebastião
Juliano Machado
A pedido do governador José Serra (PSDB), o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Francisco Graziano, visitou ontem São Sebastião, no litoral norte, com o objetivo de mostrar que o Estado não aceitará a aprovação do novo Plano Diretor do município da forma como foi elaborado, permitindo a construção de prédios de 9 metros a 20 metros de altura nas costas sul e norte. 'O projeto é um cheque em branco que ele (o prefeito Juan Garcia, do PPS) enviou à Câmara. Cabe até ao Poder Executivo dizer onde seriam as zonas especiais.'Graziano disse que pode tomar por base a Lei da Mata Atlântica, sancionada no fim de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para impedir a execução de obras que ameacem o meio ambiente. 'Pela lei, qualquer área no entorno de parque precisa de licenciamento de órgão estadual.' O Parque da Serra do Mar ocupa quase 85% de São Sebastião.Segundo Graziano, o secretário estadual de Habitação, Lair Krhenbühl, também irá ao litoral para analisar a possibilidade de construção de conjuntos habitacionais ao longo da orla. 'E não vai ter nada de investidor carimbado. Pode ser grupo alemão, inglês ou português, o que for', afirmou, em referência às denúncias feitas ao Estado pelo vice-prefeito Paulo Henrique Santana (PDT) de que o Plano Diretor foi feito diretamente para beneficiar os interesses empresariais do Riviera Group, de Portugal.Após conversar a portas fechadas com o promotor de Urbanismo da cidade, Bruno Márcio de Azevedo, para se inteirar sobre o processo participativo na elaboração do plano, o secretário reuniu-se, em audiência na Câmara Municipal, com representantes de entidades ambientalistas. O prefeito, de férias na Espanha, foi representado pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Téo Balieiro. Ele disse que 'a posição da Prefeitura é de ouvir todos os segmentos para se chegar a um plano de desenvolvimento sustentável'.Na maior parte do tempo, ouviu-se reclamações dos moradores em relação à inviabilidade da proposta de adensamento populacional. Graziano afirmou que constituirá um grupo de três técnicos da secretaria para 'pensar em um planejamento ambiental de São Sebastião para os próximos dez anos'.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quarta-Feira, 12 de Outubro de 2005, 07:08
‘‘Foi uma conversa de um ou dois minutos’’, diz Armênio Mendes
Da Reportagem

LUIGI DI VAIO

A divulgação por parte da Comissão Permanente de Inquérito (CPI) dos Correios de que o empresário santista Armênio Mendes teria feito 15 ligações ao então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, em 2003, não incomodou o empreendedor português, que está radicado no Brasil há 42 anos. Ele faz uma importante ressalva: só falou com o então homem forte do partido — acusado de fazer tráfico de influência — uma única vez.
Armênio rebate a CPI, afirmando que as demais chamadas ao celular de Sílvio mostram as tentativas de falar com ele.
Na entrevista a seguir, concedida no seu escritório, o empresário conta quem lhe deu o número do telefone de Sílvio, o que o motivou a ir a Brasília e também sobre como ajudou, sem fazer doações, diversos candidatos, entre os quais o hoje presidente Luiz Ignácio Lula da Silva. Confira os principais trechos.
A Tribuna — A CPI dos Correios identificou 15 telefonemas seus ao então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, em 2003. Como o senhor chegou até ele e qual o teor das conversas?
Armênio Mendes — O Sílvio Pereira eu conheci nas campanhas eleitorais do PT. E ele veio aí na época em que a Telma de Souza foi candidata a prefeita de Santos. E acompanhava as campanhas. Não me recordo agora quais. E também nas campanhas eleitorais do Lula eu o conheci, na medida em que ele fazia parte do grupo que vinha a Santos.
AT — O senhor consegue precisar o ano em que teve o primeiro contato com o Sílvio Pereira?
Armênio — Acho que foi na primeira eleição que a Telma perdeu para o Beto Mansur (1996). E eu sempre fui democrata nessas eleições. Me recordo que na primeira eleição que o Beto Mansur ganhou, colocou alguns colaboradores de campanha no Hotel Parque Balneário. Eu cedi. Foi a única coisa que eu apoiei na campanha: liberar alguns apartamentos do hotel para que eles ocupassem. E fiz a mesma coisa com a Telma de Souza. Eu apoiava os políticos da Cidade, no material que eu tinha, que eram os hotéis. Tanto atendi ao Beto como a Telma de Souza. E então conheci o Sílvio Pereira, que me foi apresentado uma ou duas vezes pela própria Telma, quando eles passavam por aqui.
AT — Então foi a Telma que apresentou o senhor ao Sílvio?
Armênio — Se não foi a candidata, foi o Fausto Figueira ou alguém relacionado com o PT na época. Eu estou muito tranquilo porque nunca fiz nenhuma negociação nem com a Prefeitura de Santos nem com nenhum órgão público gerido pelo PT ou por qualquer outro partido. Nunca negociei com nenhum órgão público na minha vida. Não sou prestador de serviços e não exerci nenhuma atividade que dependesse dos políticos para que me aprovassem algo.
AT — Depois de o senhor ser apresentado, na campanha, ao Sílvio, passou a fazer contatos com ele, ou com o Delúbio (ex-tesoureiro do PT)?
Armênio — Nunca mais. Com o Delúbio nunca fiz (contatos). A única coisa que vi foi quando o Lula esteve em Santos, antes da campanha, e ficou no Parque Balneário Hotel também, nessa última campanha, no dia 25 de agosto. O Lula esteve no Parque Balneário com toda a cúpula dele, onde o próprio Sílvio estava junto.
AT — O senhor manteve um encontro reservado com o então presidenciável Lula?
Armênio — Não. Foi dentro do restaurante do Parque Balneário. Eu o recepcionei como candidato, como recepcionei agora o Mário Soares, que está em campanha para presidente de Portugal. E não tenho nenhuma ligação com o Mário Soares. Eu os recebo apenas por cortesia. As pessoas vêm a Santos, querem se hospedar, onde vão parar? No Mendes Plaza, no Mendes Panorama ou no Parque Balneário. Recebi desta forma.
AT — E foi só isso com o Sílvio Pereira?
Armênio — Depois eu tive um contato apenas, que eu me recorde, com o Sílvio Pereira. Foi por telefone, sim. Quem me arrumou esta ligação com o Sílvio foi o deputado Fausto Figueira. E o por quê desta ligação? Porque exerço na Cidade uma atividade que me preocupa, que são os dois bingos (Miramar e Praiamar). Na medida que tenho estes dois bingos, que estão devidamente legalizados, mas se trata de uma atividade que andou apenas através de medidas provisórias (MPs) editadas e reeditadas. Quando FHC acabou seu segundo mandato, deixou de reeditar a medida provisória e deixou todos os empresários de bingo em situação desconfortável. Nesse momento eu fiquei preocupado. O Lula prometeu legalizar a atividade no início do governo, depois a coisa começou a se tumultuar...Como eu tinha a informação de que havia uma empresa americana que tem o sistema de informática que dá condições ao governo de fiscalizar máquina por máquina e, como minhas empresas são 100% legalizadas, eu pensei em levar isso adiante.
AT — E como foi isso?
Armênio — Eu pedi ao Fausto Figueira, naquela época, que me arrumasse uma condição de falar com Brasília para tentar levar a fórmula para eles (governo) como sugestão, para que eles legalizassem o jogo no Brasil. Claro que eu não tinha a pretensão de eu ser o responsável pela legalização do jogo no Brasil, até porque eu sou pequeno demais para isso.
AT — E o senhor chegou a ir a Brasília?
Armênio — Fui e tive uma reunião. Foi o Fausto que me deu a condição de chegar à Casa Civil através do Sílvio (Pereira). Fui lá uma vez e quem me atendeu foi uma assessora do Waldomiro Diniz (então subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil). Ele mandou uma assessora dele me atender. Não me lembro o nome dela. Então, minha relação com o Sílvio não passou disso.
AT — E quantos telefonemas foram, 15?
Armênio — Creio que foi um só. Posso ter deixado recados na caixa-postal dele, ligado mais de uma vez naquela ocasião até deixar na caixa-postal. Eu falei com ele uma vez, no início do governo, há três anos, com o propósito de ajudar o governo no sentido de legalizar o que existia funcionando, que era o bingo e o vídeo-bingo. Esta foi minha relação com o Sílvio Pereira e foi apenas uma vez, por telefone. Não me lembro do mês.
AT — Quando lhe foi falado do Sílvio Pereira, que tipo de informação lhe deram? Era um homem que poderia fazer contatos com o governo?
Armênio — Não. Apenas me pediram para agendar com o Sílvio. E quando eu fui a Brasília? Quando foi formada uma comissão na Casa Civil para tratar desse assunto. E quem estava com esta incumbência era o Waldomiro Diniz, que formou esta comissão, de 14 ou 18 pessoas, para tratar desse assunto. Meu propósito de ir a Brasília era apenas levar a minha sugestão.
AT — Quando o sr. falou com o Sílvio, como ele lhe atendeu?
Armênio — Foi grosso. Eu sei que minha conversa está gravada e alguém vai verificar isso. Eu falei: ‘‘Sílvio, tudo bem?’’. Ele respondeu: ‘‘Tudo bem’’. Falei: ‘‘Eu queria isso assim assim...mas antes disso eu queria me encontrar contigo, te parabenizar pela vitória e tal’’. Tive um papo assim, nesse sentido. Ele falou o seguinte: ‘‘Você tem alguma coisa específica para tratar comigo?’’. Eu falei não. E ele me falou: ‘‘Olha, o meu tempo hoje é muito curto porque eu estou muito ocupado e não posso ceder para conversas preliminares, sem assunto específico’’. Foi grosso. Eu até me queixei algumas vezes com o Fausto desse tratamento que ele me deu até porque sempre que eles (o PT) me procuraram, sem nenhum interesse, eu os atendi em Santos. Sem interesse meu. Foi uma conversa de um ou dois minutos, no máximo.
AT — Então, ao contrário do que foi divulgado pela CPI, foi apenas um contato?
Armênio — Só falei com o Sílvio uma vez. Talvez eu tenha feito algumas tentativas para falar com ele. Não sei. Não falei com o Zé Dirceu. Tive um contato com o Zé Dirceu, quando ele veio a um evento em Santos, já como ministro da Casa Civil. Nunca mais vi ele. Nunca tive reunião ou contato com o Delúbio. Nunca tive relação com os presidentes do partido Paulo Frateschi e José Genoíno.
AT — Com exceção do episódio no qual o senhor foi candidato a vice-prefeito (chapa encabeçada pelo deputado federal Vicente Cascione, do PTB), já fez alguma doação de campanha para o PT ou algum outro partido?
Armênio — Não. O que eu fazia era apoiar os candidatos quando eles vinham à Cidade. Apoiei o Mário Covas, que se hospedou no meu hotel mais de uma vez. Quem também ficou nos meus hotéis, mais de uma vez, foi o Fernando Henrique Cardoso, tomou banho e tinha uma suíte à disposição para trocar roupa. Cumprimentava e desejava boa sorte a eles. De doação não partiu nada. Não tenho interesses.
Terça-Feira, 14 de Dezembro de 2004, 07:26
Miramar, Iporanga e OAS lideram doações
Da Reportagem

Miramar Empreendimentos Imobiliários, do empresário Armênio Mendes, W2G2, do proprietário da Drogaria Iporanga, Walter Geraigire, Construtora OAS e Ultrafértil são os maiores doadores para as campanhas para prefeito em Santos, segundo as prestações de contas enviadas pelos candidatos à Justiça Eleitoral. Somadas as declarações, a disputa para a Prefeitura movimentou cerca de R$ 2,8 milhões.
A maior doadora é a Miramar, que repassou um total de R$ 393 mil ao candidato Vicente Cascione (PTB), que tinha o próprio Mendes como vice. O segundo maior fornecedor de recursos é a W2G2, razão social da Iporanga, com R$ 160 mil, para o eleito João Paulo Tavares Papa (PMDB).
A empreiteira baiana OAS, uma das maiores do País, aparece em terceiro, com R$ 150 mil — R$ 100 mil para Papa e R$ 50 mil para Telma de Souza (PT). A companhia trabalhará em Santos. Ela é a vencedora do processo licitatório para elaborar o projeto e execução do túnel que ligará as zonas Leste e Noroeste.
As maiores arrecadações foram obtidos pelos dois prefeituráveis que chegaram ao segundo turno. Papa teve receita de R$ 1.001.691,00. Depois da W2G2 e OAS, seu maior doador foi a Ultrafértil, com R$ 80 mil, que também colaborou com Carlos Eduardo Adegas (PL), com R$ 10 mil, e com três vereadores eleitos (Paulo Barbosa-PSDB, Cassandra Maroni Nunes-PT e José Lascane-PSDB), com R$ 10 mil cada.
Telma arrecadou R$ 821.967,68, mas gastou R$ 964.449,27, com dívida de campanha de R$ 142.481,59. Seus maiores doadores são o Moinho Pacífico, do empresário Lawrence Pih, tradicional admirador do PT, a trading Coimex, com R$ 90 mil, e a Cooperativa dos Produtores de Cana e Açúcar (Copersucar), com R$ 80 mil. Há ainda os R$ 50 mil da OAS e R$ 40 mil da Vega.
A documentação da candidata está dividida em duas partes. A primeira em nome dela, com R$ 118.395,65, e a segunda, do comitê financeiro do PT, com R$ 703.572,03. O endividamento está concentrado no relatório do partido. Diferente dos demais, as contas da eleita ainda não foram apreciadas pela Justiça Eleitoral.
Todos os partidos são obrigados a enviar a prestação de contas. No caso de Papa, quase todos os recursos estão em nome dele — apenas R$ 300,00 se referem ao comitê financeiro do PMDB.
Cascione teve como segundo maior doador a empresa UTC Engenharia, com R$ 125 mil. UTC é a razão social da empreiteira Ultratec, com forte atuação no setor petroquímico e petrolífero.
Poucos doadores
As demais candidaturas movimentaram bem menos recursos. O tucano Raul Christiano, por exemplo, informou uma arrecadação semelhante à dos vereadores eleitos Barbosa e Cassandra. Ele declarou receita de R$ 82.003,00, mas registrou despesa de R$ 170.070,05, com dívida de campanha de R$ 88.067,05. Pela legislação, os endividamentos têm que ser assumidos pela pessoa física ou pelo partido.
A quinta maior receita é de Adegas (PL), com R$ 60 mil. A maior parte da doação veio de Arthur Cavalotti, com R$ 50 mil. José Carlos Clemente (PSB) declarou receita de R$ 34.255,00, sendo R$ 19.885,00 de ‘‘repasse de comitê ou outro candidato’’. O candidato do PDT, Paulo Corrêa Júnior, teve receita de R$ 25.309,00, com R$ 24.114,00 de recursos próprios. Seu único doador foi Manuel Herculano Ribeiro, com R$ 925,00.
No final da lista aparece Luiz Antônio Xavier (PSTU), com R$ 100,00 — o vereador eleito Jorge Vieira Carabina declarou R$ 401,00.
De Rosis tem contas desaprovadas
As contas de campanha do vereador eleito Marcus De Rosis foram desaprovadas pela Justiça Eleitoral. Segundo o órgão, De Rosis não movimentou os recursos na conta corrente que é aberta obrigatoriamente para as eleições. O vereador, que recebeu a maior votação, disse que vai recorrer. Além dele, mais 51 candidatos, não-reeleitos, e três partidos tiveram a documentação recusada.
De Rosis informou à Justiça Eleitoral que movimentou R$ 32.203,50 em recursos próprios. O órgão, porém, destacou que o valor não passou pela conta e que não houve emissão de recibo eleitoral.
Segundo o cartório da 118ª Zona Eleitoral, o Ministério Público deverá analisar a desaprovação para um eventual pedido de punição, como a cassação. Independente dessa decisão, De Rosis poderá ser diplomado e tomar posse de seu cargo. A diplomação dos eleitos será na sexta-feira às 19h30 no Salão do Júri no Fórum.
O vereador eleito disse que vai provar que suas contas estão corretas. Segundo ele, a conta corrente não foi utilizada devido a uma pendência judicial que impedia a emissão de cheque, não-resolvida a tempo devido à greve do Judiciário. ‘‘Não houve intenção nem abuso econômico, vou recorrer e reverter isso (a desaprovação)’’. A Justiça descartou a paralisação do funcionalismo como motivo suficiente. De Rosis afirmou ainda que não recebeu doações de campanha e que todo o dinheiro utilizado era dele.
Contas dos prefeituráveis (em R$)
João Paulo Tavares Papa (PMDB)
Receita — 1.001.691,00 Despesa — 1.002.827,56
Maiores doações
- W2 G2 160.000,00
- Construtora OAS 100.000,00
- Ultrafértil 80.000,00
- José Francisco Paccillo 80.000,00
- Cia. Bras. de Distrib . 70.000,00
- Conterpav Emp. Imob. 65.000,00
- Recursos próprios 62.000,00
- PFL 50.000,00
- Cosan 20.000,00
- Hipercon 20.000,00

Telma de Souza
Receita — 821.967,68 Despesa — 964.449,27
Maiores doações
- Moinho Pacífico 100.000,00
- Coimex 90.000,00
- Coop. Prod. Cana e Açúcar 80.000,00
- Recursos próprios 70.008,97
- Deicmar 60.000,00
- Territorial S. Paulo Mineração 60.000,00
- Construtora OAS 50.000,00
- PT/Diretório Regional 50.000,00
- Splicer do Brasil 50.000,00

Vicente Cascione (PTB)
Receita — 652.798,46 Despesa — 652.794,13
Maiores doações
- Miramar Empreend. Imob. 393.000,00
- UTC Engenharia 125.000,00
- TV Mar 40.000,00

Raul Christiano (PSDB)
Receita — 82.003,00 Despesa — 170.070,05

Carlos Eduardo Adegas (PL)
Receita — 60.000,00 Despesa — 60.000,00

José Carlos Clemente (PSB)
Receita — 34.255,00 Despesa — 34.255,00

Paulo Correa Júnior (PDT)
Receita — 25.309,00 Despesa — 25.190,00

Luiz Antônio Xavier (PSTU)
Receita — 100,00 Despesa — 100,00

Fonte: Cartório Eleitoral/118ª Zona
Sábado, 4 de Fevereiro de 2006, 06:37
Empresa avaliará condições das placas de revestimento
Da Reportagem

O empresário Armênio Mendes, do Grupo Mendes, disse ontem que, nos próximos dias, vai contratar uma empresa para avaliar as condições das placas de granito e mármore que revestem o Praiamar Shopping, na Aparecida.
Na tarde de quinta-feira, uma placa de granito que revestia uma coluna de concreto, ao lado de um dos elevadores panorâmicos, se soltou de uma altura próximo ao terceiro piso.
A placa media cerca de 50 centímetros de largura por 50 centímetros de altura e se despedaçou na queda. A peça caiu no jardim instalado no playground, na Praça dos Descobridores, área central do andar térreo.
Funcionários da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Seosp) fizeram ontem uma avaliação do local e solicitaram a apresentação dos laudos técnicos de vistoria exigidos pelo Código de Posturas do Município.
O secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Antônio Carlos Silva Gonçalves, descartou a ocorrência de um problema estrutural grave, que justificasse a interdição do empreendimento. ‘‘Todas as providências estão sendo tomadas para checar o que aconteceu’’.

Sem risco
Técnicos da Gerência de Operações do Praiamar realizaram ainda na noite de quinta-feira uma inspeção preliminar e constataram que as demais placas existentes nas duas colunas da área que ladeiam os dois elevadores panorâmicos não oferecem risco. Somente uma, que se encontrava em cima da placa que caiu, foi retirada em caráter preventivo.
O elevador panorâmico instalado ao lado da coluna permaneceu desativado na manhã de ontem. A administração do shopping aguardava que a empresa responsável (Thyssen Sur) trocasse acessórios, danificados no choque com a placa.
O gerente de Operações do shopping, Roberto Kuster Filho, disse que a causa da queda será apontada no laudo da empresa que será contratada. ‘‘O que nós já constatamos preliminarmente é que ela se desprendeu um pouco na sua parte inferior. Isso acabou fazendo com que o elevador tocasse na placa e provocasse a queda. Parte do acabamento de vidro da parte superior do elevador quebrou. Fora isso, não houve maiores danos’’.

Área de recuo
Kuster Filho ressaltou que os dois elevadores possuem áreas de recuo de cerca de 1,5 metro, que isolam a área. ‘‘A placa caiu justamente em cima de um jardim onde o público não tinha acesso naquele momento. Não havia risco de ela cair na área de lazer para crianças’’.
De acordo com Kuster Filho, todas as placas de mármore e granito são presas com grampos de aço e cimento, que garantem a segurança do material de revestimento. ‘‘Uma hipótese que vai ser apurada é a não-colocação desses grampos ou se a sua instalação foi feita de forma incorreta’’.
Ainda segundo o gerente, toda a parte de documentação junto à Prefeitura está regularizada. ‘‘Não há pendências quanto ao Auto de Vistoria e Segurança (AVS) ou ao laudo fornecido pelo Corpo de Bombeiros’’.
O gerente de Marketing do Praiamar, Martinho Polilo, informou que o empresário Armênio Mendes esteve no local na noite de quinta-feira e optou pela realização de uma vistoria técnica em todas as placas de revestimento de granito e concreto colocadas no interior do shopping. ‘‘É importante ressaltar que, desde o início do funcionamento do shopping, nunca houve qualquer registro de problema desse tipo’’.
O movimento médio mensal do Praiamar Shopping é de 800 mil pessoas. O complexo tem 130 mil metros quadrados de área construída e 200 lojas.
Sexta-Feira, 6 de Fevereiro de 2004, 11:20
Empresário aproxima Santos de Portugal
Da Reportagem

Portugal, por meio da Costa do Estoril (Cascais) começa a se aproximar ainda mais de Santos e região. A iniciativa se deve ao empresário Emídio Mendes, que viveu durante muitos anos aqui até transferir-se para Portugal, onde desenvolve suas atividades no ramo de construção civil e hotelaria. Irmão do também empresário Armênio Mendes, ele veio a Santos com a proposta de promover na Baixada Santista a região onde está radicado e, em troca, mostrar em Portugal as belezas do litoral.
Emídio Mendes veio acompanhado de Noel Dias, diretor geral do Riviera Hotel, que pertence ao grupo, e de Henrique Pires, da Versatour, que é o braço no turismo receptivo em Portugal e no restante da Europa. Como parte da estratégia de promoção de Cascais, foi realizado um café da manhã com a participação de mais de 30 agentes de viagens da região e de Michal Tuma Ness, presidente da Federação Nacional do Turismo (Fencatur). Os visitantes trouxeram material promocional constituido de posters e filmes sobre Cascais e, em especial, da Praia de Carcavelos, onde está localizado o Hotel Riviera, que é parte de um complexo que tem em anexo um shopping center.
O café da manhã, realizado no Parque Balneário Hotel, registrou a participação de um deputado português, Eduardo Neves Moreira, e Antônio Vieira Lopes, presidente da Região de Turismo do Centro.
O hotel
O Riviera Hotel registra a melhor taxa de ocupação da Costa do Estoril. Sua localização é privilegiada, distando 5 quilômetros do centro de Cascais e 20 de Lisboa. Suas dependências conjugam o conforto de um ambiente descontraido com a sofisticação, tudo ao nível dos mais exigentes padrões internacionais da hotelaria atual. ‘‘Nossa proposta é fazer do hotel uma extensão do lar dos brasileiros que visitarem Portugal’’, garante Emidio Mendes, afirmando que o Riviera é bem ao gosto do brasilero, a começar pela feijoada que é servida aos sábados.
O hotel é novo e tem uma oferta de 130 apartamentos muito bem decorados, revelando um cuidado todo especial tanto na hamonia do conjunto como na atenção aos menores detalhes. Conhecida mundialmente como uma das melhores cozinhas do mundo, a comida portuguesa marca presença no restaurante do Riviera, que também atende em bufês ou serviço a la carte.
Para contrabalançar os exageros da boa mesa, os hóspedes podem dispor de piscinas, quadras de tênis e health club equipado com sauna, jacuzzi, banho turco, salas de massagem e ainda uma piscina aquecida.
O Riviera está localizado numa área privilegiada e próximo de diversos equipamentos de lazer, como o famoso Cassino do Estoril, hoje o maior de toda a Europa. A Praia de Carcavelos é considerada a melhor entre todas as situadas na região. Acresça-se ainda o fato de que a Costa do Estoril está próxima de diversas localidades de grande interesse histórico, especialmente Cascais e Sintra.
Os hóspedes que desejarem fazer suas compras em outros lugares fora do shopping que funciona ao lado do hotel, o Rivieira oferece aos hóspedes condução para levá-los ao comércio de Cascais ou de Lisboa.
Promoção
Como primeiro reflexo da iniciativa de Emídio Mendes, hoje, amanhã e depois, Eduardo Conde Bandeira, secretário de Turismo de Santos, estará no Estoril com o objetivo de divulgar Santos e região. O ponto fundamental está na segurança, maior preocupação dos portugueses em relação aos destinos no Brasil.
Conde pretende demonstrar que o item segurança é bastante satisfatório e como prova disso argumentará que tem aumentado o número de visitantes ao centro histórico de Santos, sem qualquer preocupação com o aspecto segurança, garantida pela atuação da Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal, que atuam em diferentes frentes.
Segunda-Feira, 22 de Setembro de 2003, 06:46
Filiação de Armênio faz aumentar especulações
Da Reportagem

A filiação do empresário Armênio Mendes ao PTB, partido de oposição ao governo do prefeito Beto Mansur, não foi surpresa no meio político da Cidade, mas aqueceu o mercado de especulações em relação às chapas que serão formadas para as eleições municipais de 2004.
Sejam quais forem as coligações, está praticamente certa a candidatura de Mendes para vice-prefeito, seja na chapa de Fausto Figueira (PT), caso este seja o indicado do partido para concorrer às eleições, seja na do vice-líder do presidente Luiz Ignácio Lula da Silva na Câmara, deputado federal Vicente Cascione (PTB).
Segundo um dos três vereadores do PTB na Câmara de Santos, Marinaldo Mongon, o ‘‘partido desconhece essas conversas a respeito da coligação do partido com o PT’’. Ele comenta que a hipótese não foi levantada ‘‘no âmbito municipal dentro do partido’’. ‘‘Fomos surpreendidos com esta notícia’’.
O vereador afirma que o PTB vai lançar candidato próprio para prefeito e que para isso não faltam nomes fortes, se referindo a Cascione, Mendes e Gastoni Righi, nesta ordem de preferência.
Com isso, ele considera mais provável Mendes se tornar candidato a vice junto com Cascione do que com Figueira. Mongon comenta que o PTB manteve negociações com Mendes durante um ano. ‘‘Ele é o maior empresário da Cidade’’.
O vereador desmente os boatos de que estaria pensando em se afastar do PTB devido à possível aproximação do partido com o PT. ‘‘Sou petebista desde que entrei na política’’. Mongon lembrou que a direção municipal do partido deverá mudar nos próximos dias, saindo das mãos do filho de Gastoni Righi, Flávio Henrique Cuoghi, para o do filho de Cascione, Vicente Leme do Prado Cascione.
Roberto Teixeira, outro vereador da bancada do PTB na Câmara, viu com entusiasmo a filiação de Mendes e acredita que o partido ficará fortalecido. ‘‘Ele veio para somar e é muito bem-vindo. Qual partido não gostaria de tê-lo como filiado?’’
No entanto, Teixeira classificou como precipitado qualquer comentário sobre a candidatura de Mendes para vice-prefeito. ‘‘Ainda é muito cedo para colocações deste tipo. Estamos no processo de filiação e temos que aguardar as definições sobre as chapas’’.
A Tribuna tentou falar ontem com a vereadora Sandra Arantes do Nascimento, também da bancada petebista, para opinar sobre a nova conjuntura do partido, mas ela não foi encontrada.



Domingo, 21 de Setembro de 2003, 06:53
Oposição atrai apoio de Armênio Mendes
Da Reportagem

LUCAS TAVARES
As peças voltaram a se mexer no xadrez da disputa pela Prefeitura de Santos. Desta vez, o movimento de pedras partiu do bloco de oposição ao Governo Mansur e foi articulado pelo grupo político que planeja lançar o deputado estadual Fausto Figueira (PT) como candidato nas eleições de 2004.
A jogada não se deu no tabuleiro do Partido dos Trabalhadores. Pelo contrário. As pedras andaram no âmbito do PTB — uma legenda historicamente alinhada ao prefeito Beto Mansur (PP), mas que agora está sendo atraída pelo PT de Santos devido à força gravitacional que o petismo ganhou com o Governo Lula.
A aproximação com o PT foi concretizada na tarde de sexta-feira, com a filiação do empresário Armênio Mendes no PTB. Português naturalizado brasileiro, o milionário Mendes é cotado para ser o vice numa chapa encabeçada pelo PT.
Como o próprio Mendes admite, o neopetebista será uma espécie de José de Alencar — o empresário mineiro bem-sucedido escolhido pelo PL para fazer um contraponto à figura do trabalhador Lula.
‘‘A entrada do Armênio no PTB passou pela direção nacional do PT e pelo Palácio do Planalto’’, diz um político ligado a Mendes.
A informação está mais do que confirmada. Entre amanhã e quarta-feira, Mendes viajará para Brasília, onde deverá conversar com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, para dar os arremates finais no acordo de aproximação com o PT.
O tema ainda é tratado com discrição. ‘‘Sou um soldado do PTB que está disposto a cumprir as determinações do partido’’, diz Armênio Mendes quando fala oficialmente.
Mesmo usando um tom lacônico, o empresário não esconde as negociações com a cúpula petista. ‘‘Falar disso abertamente é dar armas ao inimigo’’.
Na direção municipal do PT, a presidente e vereadora Cassandra Maroni (PT) atribui a veiculação do nome de Mendes como candidato a vice a ‘‘especulações’’. Diz que o partido só discutirá o tema após superar as divergências entre os três pré-candidatos petistas (ler matéria).
Contragolpe
Apesar das negativas oficiais, as conversações sempre existiram. E representam um contragolpe à ofensiva lançada pelo prefeito Beto Mansur no primeiro semestre.
Em março, no primeiro movimento significativo no xadrez pré-eleitoral, Mansur tomou conta do PFL e montou um bloco partidário que dará ao candidato governista — o atual vice-prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB) — o tempo de 17 minutos e 24 segundos no horário eleitoral gratuito.
A hegemonia no tempo de TV será diluída se o PT se coligar, de fato, com o PTB. Com a aliança, a margem do candidato petista passaria dos 10 minutos folgadamente. E ganharia minutos extra se o Partido dos Trabalhadores tiver gravidade suficiente para atrair pequenos partidos de esquerda, como o PPS e o PSB — hoje, afastados do petismo.
O xadrez jogado entre PT e Mansur demonstra uma tendência de polarização. ‘‘A história mostra que esta polarização do PT e do anti-PT já era esperada e se refletiria na formação de alianças’’, diz o cientista político Alcindo Gonçalves. ‘‘E o Governo Mansur, com estes oito anos e um relativo sucesso, está credenciado para polarizar com o PT’’.
Gonçalvez diz não acreditar que o PSDB — sempre apontado como uma via eleitoral alternativa — tenha força para arregimentar aliados e mudar o rumo do jogo. ‘‘Acho isso difícil porque o partido nunca teve uma expressão eleitoral forte em Santos’’.
A opinião de Gonçalves é naturalmente rebatida pelo PSDB. Os tucanos avaliam que, com auxílio do Governo Alckmin, podem ter força para atrair partidos para alianças.
Alguns dos alvos são os ex-aliados incondicionais do PT — caso do PPS e PSB. ‘‘Nós estamos no momento de fortalecer o partido, mas estamos conversando com vários setores e legendas’’, diz o pré-candidato do PSDB e presidente da Cetesb, Rubens Lara.
O tucano diz estar tranquilo. Parodiando Magalhães Pinto, diz que a política assemelha-se às nuvens. ‘‘Elas podem mudar de um dia para o outro e nós vamos fazer uma aliança forte para vencer as eleições’’.

Segunda-Feira, 17 de Março de 2003, 07:00
Ameaçados de ficar sem a CNH se justificam
Da Reportagem

A falta de controle sobre o uso dos veículos de um só proprietário ainda é a principal justificativa dada por alguns dos motoristas de Santos e São Vicente que correm o risco de ter suas carteiras de habilitação cassadas. Além disso, muitos culparam os radares, instalados nos dois municípios, pelo excesso de multas recebidas.
A primeira lista divulgada pelo Detran neste ano, publicada em A Tribuna na edição de ontem, apresenta 2.999 nomes de santistas (de A a J) e 1.707 de moradores de São Vicente.
Entre os ilustres que constam na relação estão o empresário Armênio Mendes, o ex-jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, e a promotora do Meio Ambiente de Santos, Ana Paula Fernandes Nogueira da Cruz.
Também tiveram seus nomes relacionados o secretário de Planejamento de São Vicente, Davi Leopoldo de Mendonça, os vereadores vicentinos Nicolino Bozzella (PSB) e Alfredo Soares de Moura (PPS), e o técnico e ex-jogador de futebol, José Macia, o Pepe.
A Tribuna divulga hoje a relação dos condutores que podem perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nos municípios de Guarujá, Bertioga, Cubatão, Praia Grande, Peruíbe, Mongaguá, Itanhaém, Registro, Jacupiranga e Juquiá.
Correm o risco de ter a carteira cassada os motoristas que cometeram infrações previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e que, em 12 meses, acumularam ou ultrapassaram a somatória de 20 pontos.
Também estão sujeitos à mesma pena os condutores que praticaram infrações que, por si só, já acarretam na suspensão do direito de dirigir, como ser flagrado trafegando acima de 20% da velocidade permitida.
Após o recebimento de uma notificação, os motoristas citados terão o prazo máximo de 30 dias para que possam apresentar a defesa por escrito.
É bom lembrar que a notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do veículo será dada como válida.
Depois de apresentada a defesa do condutor, as autoridades de trânsito avisarão sobre o arquivamento do processo ou a aplicação da pena, que consiste na suspensão do direito de dirigir pelo período de um mês a um ano, e de até dois anos em casos de reincidência.
O motorista nesta situação terá mais 30 dias para entrar com novo recurso contra a penalidade na Junta Administrativa de Recurso de Infrações (Jari), situada na unidade de trânsito.
A última instância seria apresentar um outro pedido ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), dentro de 30 dias contados da publicação ou notificação da decisão anterior.
Suspensão
Se mesmo depois de se defender o condutor for punido com a suspensão do direito de dirigir, ele terá que entregar a CNH na delegacia de trânsito e fazer um curso de reciclagem.
Com a conclusão do curso e o término do período de suspensão, o motorista recebe de volta a carteira apreendida.
Domingo, 15 de Setembro de 2002, 06:53
Bingos vão à Justiça para manter atividade
Da Reportagem

Os bingos de Santos estão entrando na Justiça contra a decisão do Governo Federal de acabar com o jogo. De acordo com Lei Federal 9.981/01, todos os bingos do País devem encerrar suas atividades até janeiro de 2003. Na Cidade, há 14 bingos em operação, dos quais apenas oito estariam legalizados na Caixa Econômica Federal. Em todo o Brasil, apenas 89 casas estariam autorizadas a funcionar, embora estimativas do Ministério Público apontem a existência de cerca de 800 bingos.
‘‘Obtivemos uma liminar em Brasília que garante a continuidade das nossas atividades’’, disse ontem o gerente do Bingo Miramar, Miguel Delgado. A decisão judicial vale também para o Bingo Praiamar, ambos de propriedade do empresário Armênio Mendes.
A atitude do Miramar e do Praiamar não é isolada. Em São Paulo, a Associação Brasileira dos Bingos (Abrabin) também mobilizou seu Departamento Jurídico no sentido de que as casas de jogos possam continuar operando. ‘‘A imensa maioria dos bingos já obteve liminar contra o fechamento’’, salienta Delgado.
Em Santos, o eventual encerramento das atividades poderia causar o desemprego de aproximadamente 450 pessoas só nos bingos Miramar, Praiamar, Brasil, Gonzaga, Chão de Estrelas e Palácio do Bingo.
Criadas a partir da Lei Pelé, as casas de jogos tinham a finalidade de fomentar os clubes que desenvolvem esportes olímpicos. No entanto, sempre estiveram envoltas em suspeitas de que não repassariam para os clubes as cotas e que seus proprietários estariam envolvidos em negócios ilícitos.
‘‘Eu não entendo essa postura do governo, é uma decisão incoerente’’, critica o proprietário do Bingo Brasil, Iziquiel Maia. Localizado na Vila Ortiz, bairro da Aparecida, o Brasil oferece 69 empregos diretos e teve sua autorização de funcionamento encerrada na semana passada.
‘‘Eu estive na Caixa há dois meses, pedi um empréstimo para reformar e modernizar o meu bingo e eles me deram um crédito de R$ 80 mil para eu pagar em quatro anos. Agora, dizem que eu tenho que fechar as portas. Como pode?’’, completa Maia.
O Brasil também constituiu advogado e vai buscar juridicamente autorização para continuar aberto.
Segunda-Feira, 12 de Agosto de 2002, 06:42
Imóvel na Ponta da Praia incomoda
Da Reportagem

A ociosidade do terreno localizado à Avenida Saldanha da Gama, esquina com a Rua Ministro Daniel de Carvalho, na Ponta da Praia, vem preocupando e causando transtornos à vizinhança, que aguarda com ansiedade a definição de uma finalidade para a área por parte do proprietário, o empresário Armênio Mendes.
O terreno, que ocupa três lados de uma quadra e chega até à Avenida Rei Alberto I, já deu espaço a uma casa noturna, um bingo, e atualmente, segundo moradores vizinhos, é utilizado por ambulantes que guardam os carrinhos ali.
A maior implicação, como explica Luís Soares de Oliveira Filho, zelador de um prédio nos arredores do terreno, é o aparecimento de ratos. ‘‘O local já ficou bem abandonado. Agora está mais cuidado. Mesmo assim, a gente precisa sempre ficar matando os ratos que saem de lá’’.
Um vizinho do local, que não quis ser identificado, explicou que os ambulantes jogam restos de comida, palha de milho e outros detritos orgânicos que atraem os roedores. ‘‘Se fosse instalado algum empreendimento aí, seria melhor para todo mundo’’.
Residencial
Provavelmente em janeiro, de acordo com Armênio Mendes, serão iniciadas no terreno as obras de construção de um conjunto residencial. ‘‘Será o primeiro de Santos. A maquete estará pronta em um mês e o local terá as características de um clube fechado’’, detalha o empresário. Segundo ele, o lançamento da planta está previsto para o final do ano, na feira da Associação dos Empresários da Construção Civil (Assecob).
Hotel Gonzaga
A orla da praia de Santos deve ganhar em breve um novo empreendimento imobiliário de alto padrão. Um prédio de 25 andares, com 100 apartamentos, está projetado para ser erguido no terreno que abrigava o extinto Hotel Gonzaga, demolido no início deste ano.
O dono da área de 3.200 metros quadrados é também o empresário Armênio Mendes. Só que a obra não tem data prevista para começar. Segundo Mendes, por enquanto o local funcionará como um estacionamento para veículos, que atenderá a demanda de frequentadores do centro de boliche e outras diversões, que fica ao lado da área e também é de propriedade do empresário. A possibilidade de alteração do projeto para a construção de um hotel ainda não está totalmente descartada.
Quarta-Feira, 28 de Janeiro de 2004, 06:47
Infra-estrutura de Santos impressiona comitiva estrangeira
Da Reportagem

Após o encerramento do seminário, uma comitiva formada por prefeitos das cidades portuguesas de Coimbra, Funchal, Arouca e Ansião, e da cidade argentina de Ushuaia, fez uma visita a A Tribuna. O grupo foi recebido pelos diretores-executivos Roberto Clemente Santini e Marcos Clemente Santini e pelo editor-chefe Marcio Calves.
Durante o encontro, os visitantes disseram ter ficado impressionados com a infra-estrutura encontrada em Santos e com as possibilidades de crescimento econômico da região.
Para o prefeito de Coimbra, Carlos Encarnação, Santos e a cidade portuguesa possuem muitos pontos em comum. ‘‘Lá nós também estamos passando por um processo de revitalização do centro histórico, recuperando vários prédios públicos’’.
Já o prefeito de Ansião, Fernando Marques, aposta no intercâmbio cultural entre as cidades-irmãs. ‘‘Precisamos estreitar mais essa relação. Portugal e Brasil possuem uma relação histórica muito importante, que poderia ser estimulada entre os jovens, por meio de eventos que divulguem a evolução dos dois países’’.
A revitalização do Centro Histórico de Santos foi elogiada pelo prefeito de Arouca, José Armando de Pinho Oliveira. ‘‘Ao conservar o seu patrimônio público, a Cidade passa a ganhar novos atrativos turísticos. Isto é altamente positivo para a consolidação do turismo como fonte geradora de empregos’’.
O prefeito de Funchal, Miguel Filipe Machado de Albuquerque, destacou a possibilidade de intercâmbio das atividades portuárias, por meio da troca de experiências entre Santos e a cidade portuguesa. ‘‘Poderiam ser incentivados congressos ou feiras relacionadas com a atividade, por exemplo’’.
Na avaliação do prefeito de Ushuaia, Jorge Alberto Garramuno, o turismo de Santos deverá ganhar impulso com a expansão da rede hoteleira. ‘‘Por causa da proximidade com a Capital de São Paulo e da facilidade de acesso proporcionada pela duplicação da Rodovia dos Imigrantes’’.
O diretor-executivo de A Tribuna Roberto Clemente Santini afirmou que a integração entre as cidades-irmãs demonstra um setor a ser explorado. ‘‘As cidades possuem características e objetivos semelhantes. Promovendo a união por meio de eventos, todas sairão ganhando’’.
Sexta-Feira, 17 de Setembro de 1999, 00:00
Unimes recebe visita da comitiva portuguesa
Da Reportagem

O reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Rebelo, visitou as obras do hospital universitário e o novo campus da Faculdade de Educação Física, da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), na manhã de ontem, último dia de sua visita à Baixada Santista. Durante o encontro, ele informou que estuda a criação de um convênio com a instituição brasileira.
O professor universitário esteve na região como parte das comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
A vinda de Rebelo, acompanhado de sua esposa, a professora Maria de Lourdes Rebelo e do deputado federal português, Carlos Encarnação, foi organizada por A Tribuna, com o apoio da Vasco da Gama Turismo e da Transbrasil.
Geógrafo, Rebelo elogiou a localização do hospital universitário, no Morro da Nova Cintra. No campus da Faculdade de Educação Física (Fefis) — Unimes, ele elogiou a estrutura do novo prédio. ‘‘Temos um curso semelhante a este, mas funcionando em locais diferentes.
Aqui pude tirar algumas idéias para implantar no prédio que pretendemos construir em Coimbra‘‘.
O reitor foi recepcionado pela reitora Rosinha Garcia de Siqueira Viegas e a pró-reitora acadêmica, Vera Taboada Raphaelli.
Terça-Feira, 14 de Setembro de 1999, 00:00
Comitiva portuguesa visita A Tribuna
Da Reportagem

O deputado federal português, Carlos Manuel Encarnação, e o reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Rebelo, durante visita a A Tribuna, ontem à tarde, elogiaram a Cidade e o Centro Histórico de Santos que, segundo eles, lembram o estilo arquitetônico de Portugal. Conforme o reitor, nesse aspecto, a Cidade e a universidade têm muito em comum.
‘‘Estamos preocupados com o nosso futuro, sem esquecer de preservar o passado‘‘, comentou Rebelo. Professor de Geografia, ele mostrou interesse em conhecer o plano contra deslizamentos dos morros de Santos, usado como exemplo em diversas cidades do País.
Os visitantes ainda comentaram as ações da Organização das Nações Unidas (ONU) de enviar tropas da força de paz ao Timor Leste. Por sua vez, o deputado Carlos Encarnação criticou o atraso da ONU em acionar suas tropas e enviá-las para o Timor Leste (ex-colônia portuguesa anexada pela Indonésia). ‘‘É uma vergonha que só agora a ONU tenha tomado uma atitude‘‘.
Os convidados estavam acompanhados do empresário Adriano Ventura, coordenador da visita a Santos, a reitora da Unisanta, Sílvia Teixeira Penteado, a presidente do Instituto Superior de Educação Santa Cecília, Lúcia Teixeira Furlani, o coordenador de Convênios e Estágios Internacionais, professor Áureo Figueiredo e a professora de Faculdade de Farmácia, Maria de Lourdes Rebelo, esposa do reitor.
Vavá foi mais longe
Revista Veja - 17/10/2005



Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete de Lula, também sabia da atividade de lobista do irmão do presidente. Até recebeu um empresário a pedido dele




Marcelo Carneiro e Camila Pereira





VEJA revelou na semana passada que Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Lula, havia montado um escritório para "ajudar" empresários com interesses no governo e que conseguira fazer com que pelo menos um deles, o presidente da Federação Brasileira de Hospitais, fosse recebido pelo assessor especial da Presidência, César Alvarez. O Palácio do Planalto respondeu que o presidente Lula não tinha conhecimento (para variar) das atividades do irmão e que Alvarez havia sido surpreendido pelo fato de Vavá comparecer ao Palácio acompanhado por membros de uma entidade que representa os interesses dos hospitais privados do país. Com isso, dava a entender que eles haviam "pego carona" em uma audiência que, na realidade, tinha sido marcada exclusivamente para o irmão do presidente. O Planalto omitiu dois fatos graves. É verdade que a federação tentou "pegar carona" na audiência com Alvarez, mas não é verdade que o encontro havia sido marcado para atender apenas Vavá. O assessor Alvarez estava preparado, naquele dia, para receber um outro empresário, a pedido do irmão do presidente: o português Emídio Mendes, um dos controladores do Riviera Group, conglomerado que atua nos setores imobiliário, turístico e energético, e que, nos últimos tempos, vinha tentando fechar negócios com a Petrobras. O empresário português foi, sim, recebido – e bem recebido – pelo assessor da Presidência. Graças a Vavá. Oito dias depois da audiência, o dono do Riviera Group retornou ao Planalto, no dia 22 de setembro, novamente acompanhado por Vavá. E, dessa vez, encontrou-se com um superior de Alvarez: o chefe-de-gabinete pessoal do presidente Lula, Gilberto Carvalho. Essa segunda informação também foi omitida pelo Palácio do Planalto.

O encontro do empresário português com o chefe-de-gabinete de Lula não foi inócuo, como sustenta a versão oficial. Quinze dias depois da audiência do dono do Riviera Group com Alvarez, e uma semana após seu encontro com Gilberto Carvalho, o empresário esteve no Rio de Janeiro – mais uma vez acompanhado pelo onipresente Vavá e sua "assessora" Cristina Caçapava – para uma visita à sede da Petrobras. Foi tratar da assinatura de um memorando de entendimento entre a estatal e uma das empresas controladas por seu grupo, a Nacional Gás. Ou seja: tanto a intermediação de Vavá (cujas passagens aéreas foram pagas pelo empresário) quanto as negociações do grupo português com o governo caminham muito bem. A assessoria de imprensa da Petrobras informa que as negociações com a Nacional Gás, que teriam iniciado em julho deste ano, continuam em andamento.

Na manhã de quarta-feira passada, VEJA entrevistou o empresário Emídio Mendes pela primeira vez, para que ele explicasse a razão da sua reunião com César Alvarez. Mendes disse que tinha sido levado por Vavá até o assessor da Presidência para discutir um assunto prosaico: um pedido para que o governo brasileiro "ajudasse países africanos de língua portuguesa" com envio de medicamentos. Na mesma ocasião, VEJA também perguntou por que motivo o irmão do presidente Lula o havia acompanhado à Petrobras, cuja sede fica no Rio. "O Vavá tem um amigo que queria me vender um terreno na cidade e nós fomos lá para avaliar a área", respondeu. Na tarde de quinta-feira, VEJA procurou novamente Emídio Mendes. Confrontado com a informação de que a sua segunda audiência no Planalto, com Gilberto Carvalho, girara em torno não de ajuda a países africanos, mas de negócios que seu grupo quer manter com a Petrobras, Emídio respondeu não ter feito "nada de errado". "Estou apenas contribuindo para aumentar as exportações do Brasil." A Petrobras vem se tornando uma assídua freqüentadora do noticiário de escândalos políticos. Em julho deste ano, o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira admitiu ter recebido um automóvel Land Rover, no valor de 73.500 reais, de presente da empreiteira baiana GDK, que mantém negócios com a petrolífera. No mês passado, um relatório do Tribunal de Contas da União, referente às atividades da estatal no primeiro semestre deste ano, resultou numa quilométrica lista de irregularidades, incluindo contratos suspeitos, concorrências dirigidas, superfaturamento e pagamentos por serviços não realizados.

Os fatos mostram que, por trás da maior parte das falcatruas envolvendo dinheiro público, há sempre um personagem obrigatório: o lobista – aquele que "engraxa" as engrenagens do poder público a serviço de causas quase sempre pouco nobres. O fato de o irmão do presidente Lula ser dono de um escritório destinado a intermediar negócios de empresários com o governo – e de ter conseguido trafegar com tamanha desenvoltura nos corredores do Planalto e da Petrobras – é, portanto, alarmante. E evidencia um problema recorrente no governo petista: a dificuldade do presidente Lula, e de sua família, de separar o público do privado. Em julho, VEJA mostrou como a Telemar – companhia que tem, entre seus controladores, o BNDES, um banco estatal – pagou 5 milhões de reais para tornar-se sócia de uma pequena empresa pertencente a Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente. Três meses depois da divulgação da notícia, a sociedade de Lulinha com a Telemar vai muito bem, obrigada. O presidente continua dizendo que o filho não fez nada de errado ao aceitar a bolada da empresa e que ele, Lula, tampouco agiu incorretamente ao fechar os olhos para a sorte grande de seu rebento.

Na semana retrasada, o presidente declarou, por meio de assessores, que não tinha conhecimento das atividades do irmão – ainda que Vavá tenha estado no seu local de trabalho, no mesmo andar em que fica o seu gabinete, e tenha sido recebido pelo seu subsecretário-geral. Agora, a situação é um pouco mais complicada. Gilberto Carvalho atua como fiel escudeiro de Lula desde a primeira campanha presidencial, nos anos 80. Ocupa uma sala a pouquíssimos metros do gabinete de Lula e é seu mais íntimo assessor, além de amigo e freqüentador dos churrascos da Granja do Torto. A pergunta óbvia é: Carvalho não comunicou ao presidente que seu irmão levava empresários para fazer negócios no Palácio do Planalto? E, se comunicou, por que o escritório de Vavá funcionou a pleno vapor até sua existência e finalidade terem sido reveladas por VEJA? Solicitada a responder a essas perguntas na última sexta-feira, a assessoria da Presidência limitou-se a dizer que tanto Carvalho quanto o presidente estavam "incomunicáveis". Para quem, ao longo dos últimos escândalos, sempre se mostrou o último a saber, o termo não deixa de ser apropriado.
Santos terá um Museu Vivo do Bonde, com exemplares vindos de várias partes do mundo. A concretização da idéia só está dependendo da ampliação da atual linha turística no Centro da Cidade, que tem 1,7 quilômetro.
Aniversário: mais uma atração
Patrícia Diguê
Da Reportagem
Santos terá um Museu Vivo do Bonde, com exemplares vindos de várias partes do mundo. A concretização da idéia só está dependendo da ampliação da atual linha turística no Centro da Cidade, que tem 1,7 quilômetro.
Segundo o prefeito João Paulo Tavares Papa, o edital de licitação para escolher a empresa que ampliará a rede para 5,2 quilômetros sairá até 15 de fevereiro. O anúncio foi feito na tarde de ontem, na festa de entrega de mais um bonde para a linha, na Praça Mauá, no Centro.
Outros dois bondes, também vindos de Portugal, ainda serão restaurados. O prefeito anunciou a doação de modelos que virão do Paraguai e da Itália. A Prefeitura ainda tenta trazer um outro exemplar dos Estados Unidos.
Segundo Papa, a doação da Prefeitura de Assunção, no Paraguai, foi confirmada ontem, em reunião com uma comitiva da cidade. "Vamos mandar para lá uma equipe para ajudá-los na recuperação de dez bondes e, em troca, eles vão doar um bonde para Santos". Trata-se de um modelo construído na Bélgica, no início do século passado, que operou até a década de 60.
Festa - A entrega do bonde português número 193, que foi doado pela cidade do Porto no ano passado, fez parte das comemorações pelos 460 anos de fundação de Santos. Havia um clima de festa, com centenas de pessoas disputando um lugar para acompanhar o passeio inaugural. Para animar o público, houve apresentação do Rancho Folclórico Vasco da Gama.
O bonde reformado foi guiado pelo próprio prefeito, acompanhado por diversas autoridades. Entre os convidados, o ex-prefeito Beto Mansur.
O aposentado José Ruiz Soares de Abreu, de 69 anos, fez questão de participar da entrega. Ele lembra com carinho da época em que era bancário e precisava pegar o bonde todos os dias para ir trabalhar.
Os três bondes portugueses foram cedidos pelo Museu do Carro Elétrico da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto, em maio do ano passado. O prefeito esteve na cidade portuguesa para assinar a doação.
Mas o transporte dos veículos só foi viabilizado em setembro, com a ajuda de empresas da Cidade (Grupo A Tribuna, representado ontem pela diretora de Marketing, Renata Santini Cypriano; Aliança Navegação e Logística; Companhia Orey-Alemoa; Grupo Rodrimar; Hotel Palácio Lousã, de Portugal e Mehanna Khamis Associados) e dos empresários Emídio Mendes e Geraldo Pierotti.
Orgulho - A restauração do primeiro bonde levou 100 dias e foi executada por funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Na cerimônia, eles foram homenageados pelo prefeito.
O carpinteiro Antônio Carlos Prado Rocha falou com orgulho do serviço, que considera artesanal. "É gratificante ver como ele chegou e como ficou agora’’. Rocha, de 49 anos, chegou a utilizar o meio de transporte quando era adolescente. ‘‘Andei muito de bonde quando era patrulheiro", lembra. A reforma, que procurou manter as características originais do veículo, custou R$ 90 mil.

Papa comentou, em seu discurso, que Santos vem sendo reconhecida internacionalmente por sua preocupação com o patrimônio histórico. "Temos muita história para contar e muita coisa para comemorar".
Por causa do aniversário da Cidade, até amanhã, o passeio de bonde pelo Centro será gratuito. Ele funciona de terça-feira a domingo, das 11 às 17 horas. A passagem custa R$ 0,50 (menores de 5 anos e maiores de 60 não pagam).
Português diz conhecer Lula e Vavá há 35 anos

Jair Rattner
O Estado de S. Paulo
28/10/2006

Empresário afirma que na época viu irmão do presidente passar fome
O empresário português Emídio Mendes, presidente do Riviera Group, disse ontem que conhece o presidente Luís Inácio Lula da Silva e seu irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, há 35 anos. A declaração foi dada em entrevista ao Estado na cidade de Carcavelos, em Portugal. O empresário revelou também que está processando o vice-prefeito de São Sebastião, Paulo Henrique Ribeiro Santana, pelas denúncias que fez sobre um suposto favorecimento ao Riviera na mudança do projeto do Plano Diretor da cidade.
Quanto aos relacionamentos políticos, Mendes contou que conheceu Lula e Vavá em 1971, quando os irmãos nem viviam no ABC. Na época, diz, viu Vavá passar fome, sem dinheiro nem sequer para um ovo frito. Lula e Vavá mudaram para São Bernardo, e Mendes, para Santos. Segundo o empresário, Vavá não esqueceu velhos conhecidos que também passaram fome.
Mendes não quis dar uma entrevista formal. No Riviera, dizem que foi a primeira vez que falou a um jornalista. Não permitiu gravação nem que suas palavras fossem transcritas. Ironizou a informação de que seria operador portuário, dizendo que está procurando o porto que opera - segundo informações do Estado, trata-se do terminal de Sines.
A ação contra Santana foi impetrada anteontem, em São Sebastião, pela advogada Patrícia Almeida Barros. Dá 48 horas para o vice provar o que disse. Mendes não quis falar sobre o processo, dizendo que isso era responsabilidade do grupo no Brasil e ele prefere não interferir no caso.
Mendes afirmou ter pena de quem atacou sua honra, dignidade e decoro, numa indicação de que pretende processar jornais brasileiros e portugueses que publicaram as denúncias. Falou com visível nervosismo, denunciado pelo tremor na mão direita. Mencionou Deus várias vezes. Com uma caneta, traçou uma linha no papel para mostrar a separação do bem e do mal. Disse que, no seu grupo, quem faz algo errado é imediatamente despedido.
IMÓVEIS E FUTEBOL
Acusado no Brasil, Mendes também está sendo investigado em Portugal. Em fevereiro, policiais acharam 200 mil (R$ 540 mil) no carro do responsável pelo Departamento de Urbanismo de Coimbra, José Eduardo Simões. Segundo a imprensa portuguesa, as autoridades querem saber se o dinheiro foi dado por Mendes e se tem ligação com o condomínio Jardins do Mondego, embargado por ferir o Plano Diretor da cidade. Outra denúncia divulgada pelos jornais é a de que jogadores de futebol brasileiros foram usados por Mendes como moeda de troca em negócios imobiliários.