26/4/2005
IMPRENSA LIVRE
A aventura do jornalismo empreendedor
Por Henrique Veltman em 26/4/2005
As voltas que o mundo dá: depois de tantos anos na chamada grande imprensa (Última Hora, O Globo, Manchete, Panorama Brasil), há quatro anos assumi o Imprensa Livre.
Tiramos, somadas as três edições regionais, 5.000 exemplares/dia de terça a sexta (2.000 em Guarujá), e 7.000 aos sábados, totalizando 27 mil exemplares durante a semana. Pode parecer pouco, mas se se considerar que a população do litoral norte passa pouco de 200 mil habitantes...
Espaço de serviços
No dia-a-dia, o jornal tem sido pioneiro – a bem da verdade desde sua criação – no espaço dedicado ao meio ambiente, e foi praticamente o estandarte da briga pela preservação do arquipélago de Alcatrazes como parque ecológico – com a proibição, agora obtida provisoriamente, do fim dos exercícios de tiro da Marinha naquele santuário de aves e répteis.
Temas do interesse local, como os derramamentos de petróleo no canal de São Sebastião, a situação dos aterros sanitários (lixões) e outros fazem com que as ONGs sejam nossas interlocutoras freqüentes, desde antes disso virar moda pelo Brasil afora.
Também iniciamos uma parceria com o Grupo VR, o Ação Cidadã, painel de cidadania com as principais realizações de ONGs e da sociedade organizada. Está acompanhado de um site na internet e tende a virar um espaço de serviços destinado ao Terceiro Setor – obtivemos apoio da OAB, que vai dar algum suporte jurídico às entidades da sociedade civil em gestação.
Ossos do ofício
Falando assim, tudo parece um jardim de rosas. Mas tem também muito espinho. A própria decisão de ampliar o jornal, levando-o a circular com cara própria nas quatro cidades do Litoral Norte, mais Guarujá, está ligada à necessidade de aumentar o mercado, até então muito restrito.
Enfrentamos desde o primeiro dia muita dificuldade na formação da redação. Há pouca oferta de jornalistas na região. A mesma dificuldade acontece na área comercial e se repete na gráfica.
Talvez o mais importante seja verificar que o futuro da imprensa está justamente nessa ação regional, na valorização do que acontece nas pequenas cidades, no que pensa e deseja o nosso leitor, ainda não contaminado, de todo, pela TV e que não se enxerga na grande imprensa. (Nenhum dos grandes jornais tem sucursal na região. Vez por outra eles se valem de frilas, quando não "chupam" o noticiário do nosso site).
IMPRENSA LIVRE
19/MAI/2006
MUNDO LUSIADA
A sede do jornal Imprensa Livre, na cidade de São Sebastião, litoral Norte de São Paulo, foi atingido ontem, 18, por um incêndio criminoso.
Três homens encapuzados e armados com espingardas calibre 12 e pistolas invadiram o prédio do jornal pelo parque gráfico e renderam os trabalhadores do setor e invadiram o departamento de diagramação do jornal.
Em seguida jogaram gasolina no parque gráfico e incendiaram uma impressora e toda edição que estava prestes a ser entregue aos leitores.
23/5/2006
Cale a boca, jornalista: Imprensa Livre, pero no mucho
O editor-chefe do "Imprensa Livre", Igor Veltman, 48, relacionou o ataque à gráfica e à redação do jornal, sofrido na madrugada da última quinta, em São Sebastião (litoral norte de SP), a denúncias veiculadas nos últimos meses de supostas irregularidades envolvendo a administração municipal.
Por Pedro Venceslau, da redação
Fotos: Agência Facto
Na madrugada do último dia 18 de maio, a fatídica quinta-feira dos ataques do PCC, a gráfica do jornal Imprensa Livre, de São Sebastião, foi invadida por um grupos de homens encapuzados que se diziam da facção criminosa liderada por Marcola.
Durante o ataque, boa parte da edição e das máquinas de impressão foram queimadas. Igor Veltman, editor-chefe do jornal, que é a única publicação da cidade, descarta que a ação tenha sido orquestrada pelo Primeiro Comando da Capital e acredita em retaliação da Prefeitura, que, por sua vez, nega participação no crime. A Prefeitura prefere não se manifestar sobre as declarações do editor.
06/05/2006
Jornal se diz perseguido por prefeito
Agência Estado/
Uma seqüência de denúncias publicadas contra a administração municipal nos últimos meses e um jornal ameaçado de ter suas atividades encerradas por supostas irregularidades apontadas pela prefeitura. O que para a prefeitura de São Sebastião, no litoral norte, é uma coincidência e a necessidade de se fazer cumprir a lei, para um dos donos do jornal Imprensa Livre, Igor Veltman, é uma tentativa do prefeito Juan Pons Garcia (PPS) de censurar o diário e desviar o foco das reportagens.
"Ele (o prefeito) tenta criar musculatura para atemorizar o jornal. Acho que errou, não só por não conseguir, como por acabar vestindo a carapuça de perseguidor", diz Veltman, que conseguiu uma liminar na Justiça para evitar o fechamento da empresa por conta de dois autos de infração emitidos pela prefeitura há cerca de duas semanas.
Veltman se diz surpreso em particular por conta de uma das determinações, que impede o funcionamento de uma gráfica no bairro onde o jornal está instalado. "Temos alvará da prefeitura há 14 anos. Não mudamos de endereço, nem a legislação mudou", afirma.
O jornalista associa as autuações à perseguição por conta de reportagens publicadas sobre um contrato da prefeitura com uma ONG por R$ 7 milhões.
Além do auto de infração sobre zoneamento da cidade, há outro sobre a exigência de um laudo do Corpo de Bombeiros que, segundo ele, já foi providenciado. "O prefeito começou a procurar meios de cortar o oxigênio do jornal. Aí, recorreu aos meios financeiros."
Contrato
Até o ano passado, o Imprensa Livre mantinha contrato com a prefeitura para a publicação de editais. Segundo Veltman, Juan cancelou o acordo antes do vencimento - o município passou a publicar seus informes num boletim próprio e em outros jornais. Veltman foi assessor de imprensa do ex-prefeito Paulo Julião (PSDB).
A prefeitura nega a perseguição e informou, por meio de nota, que a empresa foi notificada por falta de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Um dos fiscais constatou que havia máquinas de impressão na sede do jornal, o que é proibido pela lei de zoneamento.
A prefeitura informou que vai encaminhar à Justiça cópia da lei que sustenta a autuação.
SÃO SEBASTIÃO - "Foram longos dez minutos de horror", foi desta maneira que o editor-chefe do jornal Imprensa Livre, Igor Veltman, descreveu o atentado que sofreu, juntou com outros cinco funcionários, na madrugada desta quinta-feira, em São Sebastião, Litoral Norte Paulista. O prédio do diário, que circula pelas as cidades do Litoral Paulista, foi invadido por três homens por volta das 3h40 da manhã.
Armados e encapuzados eles chegaram à gráfica, onde obrigaram quatro trabalhadores a se deitarem no chão. Deram coronhadas e fizeram ameaças. Depois foram até a sala de diagramação e renderam outro funcionário. Da redação, o editor-chefe percebeu a ação e saiu correndo. "Tentei fugir por um corredor, mas a porta estava trancada, aí fiquei no escuro, assistindo tudo".
Com gasolina os bandidos atearam fogo nos exemplares que estavam prontos e ainda destruíram alguns equipamentos como uma guilhotina e impressoras. Antes de fugirem a pé, ainda estouraram uma bomba caseira no local. Na saída, apontaram a arma para o fotógrafo Reginaldo Pupo e para o repórter César Rodrigues, mas não atiraram. Existe a hipótese de que uma das armas usadas no crime seja de brinquedo.
As chamas tomaram conta das máquinas e só foram controladas com a chegada do Corpo de Bombeiros. "Os técnicos estão avaliando os prejuízos, mas se tivermos que trocar os equipamentos teremos que gastar pelo menos 250 mil reais". Apesar dos danos, o jornal não deixou de rodar. "Levamos para imprimir em São José dos Campos", contou Veltman, ainda abalado com o ataque.
Apesar da semelhança com os atentados promovidos nos últimos dias com facções criminosas, a polícia civil não acredita que o fato tenha ligação com o crime organizado. "Esta hipótese está descartada", informou na tarde desta quinta-feira o diretor do Deinter 1, delegado Waldomiro Bueno Filho. As investigações seguiram hoje, mas formalmente os funcionários começam a ser ouvidos na sexta-feira e na próxima semana. "Temos suspeitos e pelas investigações é uma disputa local", informou o delegado José Lamartine Fagundes, que conduz a apuração do crime.
Para o editor-chefe, está claro que se trata de crime político. "Acreditamos em oportunismo. Usaram o momento e o nome do PCC para impedir o jornal de circular. A imparcialidade incomoda muito". Na edição desta quinta-feira, a matéria de capa era a decisão da Justiça de obrigar a prefeitura a responder cerca de trinta requerimentos da Câmara, sob pena de multa diária de R$2.500.
"Comemoramos a decisão judicial que devolve aos vereadores o direito de fiscalizar, de atuar. Quanto ao atentado ao jornal, em nenhum lugar do País houve ataque, só em São Sebastião. É lamentável, claro que não é o PCC, são pessoas tentando calar o jornal", comentou o presidente da Câmara, Wagner Teixeira (PV). O jornal circula diariamente há 16 anos e há algum tempo se diz perseguido pelo prefeito da cidade, Juan Ponz Garcia. Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura nega as acusações de perseguição não comentou o atentado ao jornal.
IMPRENSA LIVRE
A aventura do jornalismo empreendedor
Por Henrique Veltman em 26/4/2005
As voltas que o mundo dá: depois de tantos anos na chamada grande imprensa (Última Hora, O Globo, Manchete, Panorama Brasil), há quatro anos assumi o Imprensa Livre.
Tiramos, somadas as três edições regionais, 5.000 exemplares/dia de terça a sexta (2.000 em Guarujá), e 7.000 aos sábados, totalizando 27 mil exemplares durante a semana. Pode parecer pouco, mas se se considerar que a população do litoral norte passa pouco de 200 mil habitantes...
Espaço de serviços
No dia-a-dia, o jornal tem sido pioneiro – a bem da verdade desde sua criação – no espaço dedicado ao meio ambiente, e foi praticamente o estandarte da briga pela preservação do arquipélago de Alcatrazes como parque ecológico – com a proibição, agora obtida provisoriamente, do fim dos exercícios de tiro da Marinha naquele santuário de aves e répteis.
Temas do interesse local, como os derramamentos de petróleo no canal de São Sebastião, a situação dos aterros sanitários (lixões) e outros fazem com que as ONGs sejam nossas interlocutoras freqüentes, desde antes disso virar moda pelo Brasil afora.
Também iniciamos uma parceria com o Grupo VR, o Ação Cidadã, painel de cidadania com as principais realizações de ONGs e da sociedade organizada. Está acompanhado de um site na internet e tende a virar um espaço de serviços destinado ao Terceiro Setor – obtivemos apoio da OAB, que vai dar algum suporte jurídico às entidades da sociedade civil em gestação.
Ossos do ofício
Falando assim, tudo parece um jardim de rosas. Mas tem também muito espinho. A própria decisão de ampliar o jornal, levando-o a circular com cara própria nas quatro cidades do Litoral Norte, mais Guarujá, está ligada à necessidade de aumentar o mercado, até então muito restrito.
Enfrentamos desde o primeiro dia muita dificuldade na formação da redação. Há pouca oferta de jornalistas na região. A mesma dificuldade acontece na área comercial e se repete na gráfica.
Talvez o mais importante seja verificar que o futuro da imprensa está justamente nessa ação regional, na valorização do que acontece nas pequenas cidades, no que pensa e deseja o nosso leitor, ainda não contaminado, de todo, pela TV e que não se enxerga na grande imprensa. (Nenhum dos grandes jornais tem sucursal na região. Vez por outra eles se valem de frilas, quando não "chupam" o noticiário do nosso site).
IMPRENSA LIVRE
19/MAI/2006
MUNDO LUSIADA
A sede do jornal Imprensa Livre, na cidade de São Sebastião, litoral Norte de São Paulo, foi atingido ontem, 18, por um incêndio criminoso.
Três homens encapuzados e armados com espingardas calibre 12 e pistolas invadiram o prédio do jornal pelo parque gráfico e renderam os trabalhadores do setor e invadiram o departamento de diagramação do jornal.
Em seguida jogaram gasolina no parque gráfico e incendiaram uma impressora e toda edição que estava prestes a ser entregue aos leitores.
23/5/2006
Cale a boca, jornalista: Imprensa Livre, pero no mucho
O editor-chefe do "Imprensa Livre", Igor Veltman, 48, relacionou o ataque à gráfica e à redação do jornal, sofrido na madrugada da última quinta, em São Sebastião (litoral norte de SP), a denúncias veiculadas nos últimos meses de supostas irregularidades envolvendo a administração municipal.
Por Pedro Venceslau, da redação
Fotos: Agência Facto
Na madrugada do último dia 18 de maio, a fatídica quinta-feira dos ataques do PCC, a gráfica do jornal Imprensa Livre, de São Sebastião, foi invadida por um grupos de homens encapuzados que se diziam da facção criminosa liderada por Marcola.
Durante o ataque, boa parte da edição e das máquinas de impressão foram queimadas. Igor Veltman, editor-chefe do jornal, que é a única publicação da cidade, descarta que a ação tenha sido orquestrada pelo Primeiro Comando da Capital e acredita em retaliação da Prefeitura, que, por sua vez, nega participação no crime. A Prefeitura prefere não se manifestar sobre as declarações do editor.
06/05/2006
Jornal se diz perseguido por prefeito
Agência Estado/
Uma seqüência de denúncias publicadas contra a administração municipal nos últimos meses e um jornal ameaçado de ter suas atividades encerradas por supostas irregularidades apontadas pela prefeitura. O que para a prefeitura de São Sebastião, no litoral norte, é uma coincidência e a necessidade de se fazer cumprir a lei, para um dos donos do jornal Imprensa Livre, Igor Veltman, é uma tentativa do prefeito Juan Pons Garcia (PPS) de censurar o diário e desviar o foco das reportagens.
"Ele (o prefeito) tenta criar musculatura para atemorizar o jornal. Acho que errou, não só por não conseguir, como por acabar vestindo a carapuça de perseguidor", diz Veltman, que conseguiu uma liminar na Justiça para evitar o fechamento da empresa por conta de dois autos de infração emitidos pela prefeitura há cerca de duas semanas.
Veltman se diz surpreso em particular por conta de uma das determinações, que impede o funcionamento de uma gráfica no bairro onde o jornal está instalado. "Temos alvará da prefeitura há 14 anos. Não mudamos de endereço, nem a legislação mudou", afirma.
O jornalista associa as autuações à perseguição por conta de reportagens publicadas sobre um contrato da prefeitura com uma ONG por R$ 7 milhões.
Além do auto de infração sobre zoneamento da cidade, há outro sobre a exigência de um laudo do Corpo de Bombeiros que, segundo ele, já foi providenciado. "O prefeito começou a procurar meios de cortar o oxigênio do jornal. Aí, recorreu aos meios financeiros."
Contrato
Até o ano passado, o Imprensa Livre mantinha contrato com a prefeitura para a publicação de editais. Segundo Veltman, Juan cancelou o acordo antes do vencimento - o município passou a publicar seus informes num boletim próprio e em outros jornais. Veltman foi assessor de imprensa do ex-prefeito Paulo Julião (PSDB).
A prefeitura nega a perseguição e informou, por meio de nota, que a empresa foi notificada por falta de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Um dos fiscais constatou que havia máquinas de impressão na sede do jornal, o que é proibido pela lei de zoneamento.
A prefeitura informou que vai encaminhar à Justiça cópia da lei que sustenta a autuação.
SÃO SEBASTIÃO - "Foram longos dez minutos de horror", foi desta maneira que o editor-chefe do jornal Imprensa Livre, Igor Veltman, descreveu o atentado que sofreu, juntou com outros cinco funcionários, na madrugada desta quinta-feira, em São Sebastião, Litoral Norte Paulista. O prédio do diário, que circula pelas as cidades do Litoral Paulista, foi invadido por três homens por volta das 3h40 da manhã.
Armados e encapuzados eles chegaram à gráfica, onde obrigaram quatro trabalhadores a se deitarem no chão. Deram coronhadas e fizeram ameaças. Depois foram até a sala de diagramação e renderam outro funcionário. Da redação, o editor-chefe percebeu a ação e saiu correndo. "Tentei fugir por um corredor, mas a porta estava trancada, aí fiquei no escuro, assistindo tudo".
Com gasolina os bandidos atearam fogo nos exemplares que estavam prontos e ainda destruíram alguns equipamentos como uma guilhotina e impressoras. Antes de fugirem a pé, ainda estouraram uma bomba caseira no local. Na saída, apontaram a arma para o fotógrafo Reginaldo Pupo e para o repórter César Rodrigues, mas não atiraram. Existe a hipótese de que uma das armas usadas no crime seja de brinquedo.
As chamas tomaram conta das máquinas e só foram controladas com a chegada do Corpo de Bombeiros. "Os técnicos estão avaliando os prejuízos, mas se tivermos que trocar os equipamentos teremos que gastar pelo menos 250 mil reais". Apesar dos danos, o jornal não deixou de rodar. "Levamos para imprimir em São José dos Campos", contou Veltman, ainda abalado com o ataque.
Apesar da semelhança com os atentados promovidos nos últimos dias com facções criminosas, a polícia civil não acredita que o fato tenha ligação com o crime organizado. "Esta hipótese está descartada", informou na tarde desta quinta-feira o diretor do Deinter 1, delegado Waldomiro Bueno Filho. As investigações seguiram hoje, mas formalmente os funcionários começam a ser ouvidos na sexta-feira e na próxima semana. "Temos suspeitos e pelas investigações é uma disputa local", informou o delegado José Lamartine Fagundes, que conduz a apuração do crime.
Para o editor-chefe, está claro que se trata de crime político. "Acreditamos em oportunismo. Usaram o momento e o nome do PCC para impedir o jornal de circular. A imparcialidade incomoda muito". Na edição desta quinta-feira, a matéria de capa era a decisão da Justiça de obrigar a prefeitura a responder cerca de trinta requerimentos da Câmara, sob pena de multa diária de R$2.500.
"Comemoramos a decisão judicial que devolve aos vereadores o direito de fiscalizar, de atuar. Quanto ao atentado ao jornal, em nenhum lugar do País houve ataque, só em São Sebastião. É lamentável, claro que não é o PCC, são pessoas tentando calar o jornal", comentou o presidente da Câmara, Wagner Teixeira (PV). O jornal circula diariamente há 16 anos e há algum tempo se diz perseguido pelo prefeito da cidade, Juan Ponz Garcia. Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura nega as acusações de perseguição não comentou o atentado ao jornal.
26/10/2006
Polêmica: Grupo suspeito de esquema de favorecimento com prefeito compra jornal de oposição em SP
Redação Portal IMPRENSA
O Grupo Riviera e o empresário Andelmo Zarzur Júnior assumiram, na semana passada, o controle do jornal Imprensa Livre, no litoral norte de São Paulo.
A publicação, única diária na região, fazia forte oposição ao prefeito de São Sebastião, Juan Pons Garcia (PPS). O prefeito, a empresa e o executivo estão sendo investigados há três meses pela Polícia Federal, por suspeitas de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
Garcia pode ter tentado, segundo a Folha de S. Paulo, mudar a lei de uso do solo e o Plano Diretor da cidade para beneficiar o Grupo Riviera, que já empregou Zarzur e comprou uma série de terrenos em São Sebastião; essas áreas seriam valorizadas com a permissão, via Plano Diretor, da construção de prédios com mais de 20 metros, atualmente proibidos.
O ex-proprietário do Imprensa Livre, Igor Veltman, declarou que vendeu a publicação por conta de dívidas e ameaças sofridas recentemente.
Há cerca de três meses o prédio do jornal foi incendiado, gerando prejuízos da ordem de R$ 100 mil; as causas do acidente ainda estão sendo investigadas pela polícia.
Além destes gastos, o jornal deixou de veicular os editais da prefeitura de São Sebastião, que geravam receita de R$ 1,5 milhão por ano; Juan Garcia, que criou o Boletim Oficial do Município, alegou "redução de despesas" para interromper o repasse à Imprensa Livre.
Grupo comprou principal jornal da cidade
O Estado de São Paulo/Hoje
www.estado.com.br
'Imprensa Livre' teria sido boicotado por criticar prefeito de São Sebastião
O jornal Imprensa Livre, diário do litoral norte com sede em São Sebastião, foi vendido esta semana para o Riviera Group, representado no Brasil pelo empresário português Emídio Mendes. O valor não foi revelado. 'Podemos dizer que ficaram com as dívidas', disse um dos diretores, Igor Veltman. Os problemas financeiros do jornal começaram quando a prefeitura deixou de publicar editais em suas páginas, no início da administração do prefeito Juan Garcia (PPS), no ano passado.
Jornal Imprensa Livre - Riviera Norte Editora Ltda.Rua Mansueto Pierotti, 622 - Centro - São Sebastião - CEP: 11600-000
Diretor responsável:André Luiz Valente Mendes
Gerência:Daniel Barbosa
Polêmica: Grupo suspeito de esquema de favorecimento com prefeito compra jornal de oposição em SP
Redação Portal IMPRENSA
O Grupo Riviera e o empresário Andelmo Zarzur Júnior assumiram, na semana passada, o controle do jornal Imprensa Livre, no litoral norte de São Paulo.
A publicação, única diária na região, fazia forte oposição ao prefeito de São Sebastião, Juan Pons Garcia (PPS). O prefeito, a empresa e o executivo estão sendo investigados há três meses pela Polícia Federal, por suspeitas de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
Garcia pode ter tentado, segundo a Folha de S. Paulo, mudar a lei de uso do solo e o Plano Diretor da cidade para beneficiar o Grupo Riviera, que já empregou Zarzur e comprou uma série de terrenos em São Sebastião; essas áreas seriam valorizadas com a permissão, via Plano Diretor, da construção de prédios com mais de 20 metros, atualmente proibidos.
O ex-proprietário do Imprensa Livre, Igor Veltman, declarou que vendeu a publicação por conta de dívidas e ameaças sofridas recentemente.
Há cerca de três meses o prédio do jornal foi incendiado, gerando prejuízos da ordem de R$ 100 mil; as causas do acidente ainda estão sendo investigadas pela polícia.
Além destes gastos, o jornal deixou de veicular os editais da prefeitura de São Sebastião, que geravam receita de R$ 1,5 milhão por ano; Juan Garcia, que criou o Boletim Oficial do Município, alegou "redução de despesas" para interromper o repasse à Imprensa Livre.
Grupo comprou principal jornal da cidade
O Estado de São Paulo/Hoje
www.estado.com.br
'Imprensa Livre' teria sido boicotado por criticar prefeito de São Sebastião
O jornal Imprensa Livre, diário do litoral norte com sede em São Sebastião, foi vendido esta semana para o Riviera Group, representado no Brasil pelo empresário português Emídio Mendes. O valor não foi revelado. 'Podemos dizer que ficaram com as dívidas', disse um dos diretores, Igor Veltman. Os problemas financeiros do jornal começaram quando a prefeitura deixou de publicar editais em suas páginas, no início da administração do prefeito Juan Garcia (PPS), no ano passado.
Jornal Imprensa Livre - Riviera Norte Editora Ltda.Rua Mansueto Pierotti, 622 - Centro - São Sebastião - CEP: 11600-000
Diretor responsável:André Luiz Valente Mendes
Gerência:Daniel Barbosa
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