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28 de dez. de 2023

Processo de Eduardo Simões começa hoje

Processo de Eduardo Simões começa hojeComeça hoje o debate instrutório do processo judicial em que é arguido o presidente da Associação Académica de Coimbra/Organismo Autónomo de Futebol, José Eduardo Simões, e dois construtores civis. A juíza de instrução criminal vai ouvir ao longo de toda a semana, à excepção de quinta-feira, as diversas testemunhas no processo e pode igualmente inquirir o arguido José Eduardo Simões. O debate de instrução tem sessões marcadas até ao dia 20. Lembre-se que o presidente da Académica é acusado pelo Ministério Público (MP) de oito crimes de corrupção passiva, puníveis entre um e oito anos de prisão. São quatro os crimes de corrupção passiva para acto ilícito, cujas penas previstas vão de um a oito anos de prisão, e quatro de corrupção passiva para acto lícito, com penas até dois anos de prisão ou multa até 240 dias. Sobre Eduardo Simões, como o JN já havia anunciado em primeira mão, recai a suspeita de ter favorecido promotores imobiliários a troco de donativos para a Académica, na qualidade de director de Urbanismo (2003/2005) da Câmara de Coimbra. Eduardo Simões é presidente da Académica/OAF desde o início de 2005 e havia sido vice-presidente no biénio 2003/2004. Um empresário do Monte-Estoril é acusado da prática de um crime de corrupção activa para acto ilícito, incorrendo em pena de prisão de seis meses a cinco anos. A um outro empresário, de Pombal, o MP imputou a autoria material de um crime de corrupção activa para acto lícito, a que corresponde uma pena de prisão até seis meses ou multa até 60 dias. Dos casos investigados pelo MP e pela PJ, o mais mediático (a urbanização dos Jardins do Mondego) foi o que deu origem à acusação de eventual autoria material de um crime de corrupção passiva para acto ilícito. Este último empreendimento foi embargado e o último andar, alegadamente construído de forma ilegal, foi entretanto demolido. PG -jn

Um comentário:

Anônimo disse...

Testemunhas ouvidas no caso Académica


Duas primeiras testemunhas do presidente da Académica de Coimbra, José Eduardo Simões, foram ouvidas ontem na fase de instrução do processo em que o dirigente desportivo é acusado de oito crimes de corrupção, disse o advogado Rodrigo Santiago.

Rodrigo Santiago, advogado de José Eduardo Simões, escusou-se a revelar a identidade das 15 testemunhas do seu constituinte, mas admitiu que "algumas estão ligadas à Câmara Municipal de Coimbra. O presidente da autarquia, Carlos Encarnação, será ser uma delas.

O líder da Associação Académica de Coimbra - Organismo Autónomo de Futebol (AAC-OAF) foi durante alguns anos director do departamento de urbanismo da autarquia, acumulando estas funções com as de presidente do clube.

Rodrigo Santiago prevê que as testemunhas continuarão a ser interrogadas no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Coimbra ao ritmo de duas a três por dia.

"Tem corrido tudo a contento" de José Eduardo Simões, declarou o advogado, sublinhando que não pode fazer outros comentários nesta fase do processo.

Em meados de Janeiro, o advogado entregou no TIC de Coimbra o pedido de abertura de instrução do processo.

José Eduardo Simões, que dirige os destinos da Briosa desde 2005, é acusado pelo Ministério Público de oito crimes de corrupção passiva, puníveis com penas entre um e oito anos de prisão.

Os factos que lhe são imputados foram conhecidos a 12 de Dezembro, tendo a direcção da Académica de Coimbra reunido nesse mesmo dia, manifestando solidariedade e confiança em José Eduardo Simões, eleito a 17 de Dezembro de 2004 por um mandato de três anos.