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31 de dez. de 2026

DE ALIADOS A ACOSSADOS?

Empresário investigado por polícia diz que sofreu seqüestro

O empresário Andelmo Zarzur Júnior, da cidade de São Sebastião, no litoral norte paulista, foi levado da própria casa por dois homens, no final da tarde de ontem (6), e ficou por oito horas e meia sob o poder de bandidos. O caso foi registrado como seqüestro no 13º Distrito Policial da Casa Verde, bairro da capital paulista onde a vítima foi libertada, às 2h30 da madrugada de hoje (7). Segundo relato do empresário, os homens estariam armados com fuzis AR-15. Durante o período em que Zarzur Jr. ficou desaparecido, não houve nenhum pedido de resgate. Ao ser libertado, Zarzur Jr. registrou a ocorrência informando à polícia que os seqüestradores ficaram com um relógio de ouro. Até o final da tarde de hoje (7), ele não tinha prestado depoimento na delegacia de São Sebastião.A polícia civil descarta que o crime contra Zarzur Jr. tenha sido seqüestro ou seqüestro relâmpago. "Ninguém pega uma pessoa, viaja 220 quilômetros com ela só para roubar um relógio. A polícia não acredita em seqüestro", afirmou Rodrigues Filho. A polícia civil trabalha com outras hipóteses, como vingança por cobrança de dívidas. "Não podemos revelar quais são as hipóteses para não atrapalhar as investigações". A mulher de Zarzur Jr. vai ser ouvida na próxima sexta-feira (10). "Estamos tentando intimá-lo também". INVESTIGAÇÕES - Zarzur Jr. é investigado por envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e sonegação fiscal. No ano passado, o Estado denunciou que ele participava de um esquema de venda de terrenos para a empresa Belomar, que pertence ao Riviera Group. No esquema, os terrenos eram superfaturados e vendidos à empresa que teria recebido promessa de benefícios por parte da prefeitura.A investigação sobre o dinheiro desviado e o patrimônio de Zarzur Jr. está na fase de perícia documental. "Sabemos que pela mão dele já passaram cerca de R$ 20 milhões, mas a polícia ainda não sabe o patrimônio atual", diz o delegado seccional que acompanha o caso, Francisco Rodrigues. O empresário teve parte dos bens seqüestrados e apreendidos. "Não temos o valor exato, mas vai desde objetos falsificados até carros, lanchas, caminhões e apartamentos".
Agência Estado em 8-7-2007


Dr. Juan Garcia e sua família foram vítimas de uma tentativa de homicídio,

na madrugada de domingo. Prefeito descarta relação com onda de violênciaA Delegacia Seccional do Litoral Norte, da Polícia Civil do Estado de São Paulo, é a responsável pelas investigações do atentado contra o prefeito de São Sebastião, Dr. Juan Garcia, ocorrido na madrugada do último domingo (16/07). Ele, sua esposa, a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Rosa Mota, e os três filhos voltavam do 2º Arraiá Caiçara, por volta das 2h, quando o carro foi alvejado em uma das ruas do bairro. Um homem saiu de um matagal próximo à ponte do rio da Reserve e disparou várias vezes, de frente com o veículo. Dr. Juan, que dirigia o carro, fez movimentos de um lado para o outro e conseguiu esbarrar no marginal. Os tiros acertaram o pára-brisa, o capô, a porta do motorista e um dos vidros de trás, num total de oito. Felizmente, ninguém ficou ferido. De imediato, o prefeito de São Sebastião acionou a polícia.A hipótese de tentativa de assalto é descartada. Na manhã de domingo, Dr. Juan Garcia concedeu uma entrevista coletiva. "Quem vem assaltar talvez não saia de trás de uma árvore já atirando. Foram vários tiros, de pistola automática. Nunca passei por algo semelhante", declarou o prefeito.Ele descarta a relação do atentado com a onda de ataques de violência no Estado. "Era bem dirigido ao prefeito, algo que parecia encomendado", finalizou.
Fonte: Departamento de Comunicação da Prefeitura

6 comentários:

Anônimo disse...

São Sebastião – SP “ Sete milhões inexplicáveis”
08 de agosto de 2005
O prefeito e o secretário de educação do município de São Sebastião acabam de pendurar uma fatura estranhíssima na conta dos gastos com o sistema de educação pública municipal.

Não sei de quem foi a idéia, extravagante e exótica, que os referidos senhores resolveram adotar célere e silenciosamente, mas, as explicações iniciais sobre os motivos que levaram à efetivação do negócio foram lamentáveis. Tenho a impressão de que não sabem o que fazer desse contrato, tamanha a dificuldade para transmitirem esclarecimentos compreensíveis sobre sua finalidade e materialidade, objetivamente.

Trocar fechaduras, desinsetizar ambientes, limpar caixas d’água, reduzir gastos com água, luz e telefone, manutenção preventiva, conservação das unidades educacionais, entre outras coisas do gênero, foi o que relatou o secretário de educação sobre o negócio. De parte da empresa contratada, foi dito que o nome do negócio é Projeto Aquarela e que objetiva a recuperação e manutenção predial e a criação de vínculos com as unidades educacionais da rede municipal. O pacote descrito custará R$ 7 milhões, rateados durante o período contratado, de dez meses, e o pagamento será mensal.

O prefeito também alinhou algumas explicações, mas, sinceramente, nem ele seria capaz de repeti-las tamanha a inconsistência dos argumentos apresentados. Resumindo: nada é mensurável nessa aventura cara e inexplicável. Ao final do contrato possivelmente só haverá relatórios a exibir como prova de sua existência e, evidentemente, os comprovantes de paga­mento, na contabilidade governamental. Qual teria sido o ponto de partida para a elaboração da proposta de negócio identificada como Projeto Aquarela? Quantas fechaduras estariam quebradas, quantas caixas d’água estariam impróprias, qual o volume de obras e reparos demandados por cada uma das unidades escolares?

Sabem por que eu coloco tantas indagações sobre o negócio Projeto Aquarela? Porque acompanho o andamento da administração municipal e procuro ir além das superficialidades que geralmente permeiam as explicações dos atos de governo.

Segundo o site da Secretaria Municipal de Educação – SEDUC, existe uma organização atuante, determinada e bem composta, respondendo pela pasta. O vice-prefeito comanda a secretaria. Uma das irmãs do prefeito responde pelo departamento pedagógico. Outra, é uma das supervisoras de ensino. Há uma profissional no departamento de planejamento estratégico; uma assessoria jurídica exclusiva; e um departamento de apoio à educação, que gerencia as unidades educacionais, setorizadas através de comandos regionais, cuja equipe é composta por chefes de divisão, arquitetos e outros funcionários indispensáveis.

O relatório “Clipping 100 dias” detalha uma série de atividades executadas pela secretaria de educação. Inclusive os tais reparos, ora terceirizados. Segundo dá a entender, a coisa estava sob controle absoluto. Muitos sorrisos, muitos encontros, muitas providências. Agora, descobre-se que não dão conta de trocar fechaduras...

Seguindo em suas justificativas, o secretário de educação avoca a modalidade contratual adotada. Segundo ele, se enquadra ao artigo 24, inciso XIII, da lei 8666/93, que institui normas para licitações e contratos da administração pública, cujo texto é o seguinte: “É dispensável a licitação: ... na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos”.

Há um número imenso de empresas que atenderiam perfeitamente aos critérios acima: origem brasileira, habilitação estatutária etc. Entretanto, a inexigiblidade de licitação serve para suprir o caráter excepcional da prática governamental, quando se manifesta. Não é possível aceitar que a limpeza de caixas d’água e os arranjos sociais em torno da preservação dos prédios públicos sejam parte de um só negócio, produtos de uma mesma empresa, de um mesmo contrato; enfim, prioritários, correlatos e temporâneos.

Tudo parece razoável aos cavalheiros que governam a cidade. Não se dão conta de que há medidas, limites e propósitos aos quais suas intenções estão subordinadas. Olhem-se no espelho e respondam a seguinte questão: o Projeto Aquarela é um bom negócio para quem?

Opinião - Vitório M.M. Papini

Fonte: Publicado no Jornal Imprensa Livre - 29/7/2005...ANTES DE EMIFIO MENDES O TER COMPRADO...

Anônimo disse...

Diante de acusações Juan abre sigilo

Diante das acusações de susposto tráfico de influência em sua gestão, o prefeito de São Sebastião, Juan Manoel Pons Garcia, anunciou na quinta-feira, em entrevista coletiva, que tanto o seu sigilo bancário quanto o telefônico encontram-se à disposição para qualquer tipo de investigação. O prefeito determinou ainda que o mesmo seja feito com todo o seu secretariado.

A medida adotada pelo prefeito de São Sebastião é decorrente de reportagens caracterizadas por ele como “levianas”, e publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo sobre o Plano Diretor Participativo de São Sebastião.

Pelas acusações, o prefeito estaria supostamente beneficiando empresários portugueses mudando o zoneamento para atender investidores portugueses interessados em investir no setor imobiliário da cidade.

As matérias, segundo informe da assessoria de Imprensa da Prefeitura, não refletem o verdadeiro teor do projeto de lei do Plano Diretor Participativo de São Sebastião, no qual está inserida uma proposta de zoneamento urbano para os próximos sete anos.

Na matéria, é citado que toda a orla de São Sebastião poderá receber prédios de 20 metros, o que é frontalmente contrária à proposta da Prefeitura, que é a redução da altura das construções na frente da praia dos atuais nove para sete metros ao longo de todo o Município, algumas inclusive chamadas Zona de Interesse Turístico, exatamente para privilegiar a paisagem e o acesso ao mar.

Investigação

O Ministério Público de São Sebastião instaurou na semana passada, inquérito civil para apurar um possível favorecimento do prefeito Juan Pons Garcia(PPS) ao grupo portugues Riviera Group na elaboração do novo plano diretor do município.

O inquérito foi instaurado pelo promotor da Cidadania, Luiz Fernando Marques Guedes. Segundo ele, o inquérito tem como objetivo apurar se a proposta de verticalização proposta no plano diretor beneficiaria diretamente áreas adquiridas pelo grupo.

O grupo Riviera adquiriu áreas em vários bairros de São Sebastião, entre eles Guaecá e Jaraguá, locais onde o plano diretor prevê a construção de prédios de até 20 metros (seis pavimentos). Atualmente, os prédios nestes locais estão proibidos pela legislação.

O promotor já ouviu o vice-prefeito Paulo Henrique Santana (PDT), que teria confirmado um possível favorecimento de Garcia ao Riviera Group. Santana não foi localizado ontem para comentar o assunto.

O Riviera adquiriu grandes áreas para tentar vender à Petrobras, quando da instalação da base de gás. Como a empresa escolheu Caraguatatuba para construir a base, a liberação da construção de prédios no Jaraguá e no Guaecá valorizaria as áreas pertencentes ao grupo.

Nos próximos dias, o MP deverá ouvir Garcia, o empresário Emídio Mendes e o empresário Andelmo Zarzur Júnior, que teria adquirido as áreas em nome do Riviera.

Anônimo disse...

Ministério Público investiga tráfico de influência em São Sebastião
Postado por Ubatuba News on 27/10/2006 11:16 (94 Visto)
O Ministério Público de São Sebastião instaurou ontem inquérito civil para apurar um possível favorecimento do prefeito Juan Pons Garcia(PPS) ao grupo portugues Riviera Group na elaboração do novo plano diretor do município.

O inquérito foi instaurado pelo promotor da Cidadania, Luiz Fernando Marques Guedes. Segundo ele, o inquérito tem como objetivo apurar se a proposta de verticalização proposta no plano diretor beneficiaria diretamente áreas adquiridas pelo grupo.


O grupo Riviera adquiriu áreas em vários bairros de São Sebastião, entre eles Guaecá e Jaraguá, locais onde o plano diretor prevê a construção de prédios de até 20 metros (seis pavimentos). Atualmente, os prédios nestes locais estão proibidos pela legislação.

O promotor ouviu ontem a tarde o vice-prefeito Paulo Henrique Santana (PDT), que teria confirmado um possível favorecimento de Garcia ao Riviera Group. Santana não foi localizado ontem para comentar o assunto.

O Riviera adquiriu grandes áreas para tentar vender à Petrobras, quando da instalação da base de gás. Como a empresa escolheu Caraguatatuba para construir a base, a liberação da construção de prédios no Jaraguá e no Guaecá valorizaria as áreas pertencentes ao grupo.

Nos próximos dias, o MP deverá ouvir Garcia, o empresário Emídio Mendes e o empresário Andelmo Zarzur Júnior, que teria adquirido as áreas em nome do Riviera.

Zarzur Júnior também está sendo investigado pela Polícia Federal, por suposta sonegação fiscal, ocultação de bens e lavagem de dinheiro. Ele atuou e fez doações à campanha de Garcia em 2004. Zarzur Júnior foi denunciado por Santana e pelo empresário Estevão Ciappina, que também participou da campanha de Garcia em 2004.

Zarzur Júnior trabalhava com comunicação visual na cidade. A partir de 2004, logo após se aproximar ao grupo português, durante uma viagem com o prefeito a Portugal, passou a adquirir grandes áreas em São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba para o Riviera.

Ele não foi localizado ontem em sua casa no bairro de São Francisco para falar sobre o assunto.

OPERAÇÃO LEGAL - O diretor operacional do Riviera Group, Daniel Barbosa, negou ontem qualquer possível favorecimento da prefeitura ao grupo. "Adquirimos áreas, acreditando no desenvolvimento da região. Não ganhamos áreas da prefeitura", disse.

Segundo ele, também não teria havido nenhuma interferência do grupo quando da elaboração do plano diretor. "O Plano Diretor foi elaborado a partir de sugestões de técnicos e da comunidade", afirmou.


Juan diz ser vítima de armação política

O prefeito Juan Pons Garcia (PPS) rebateu ontem as denúncias feitas pelo vice-prefeito Paulo Henrique Santana e pelo empresário Estevão Ciappina.

Garcia disse que existe um grupo político, liderado por Santana, interessado em desestabilizar a sua administração com denúncias infundadas. Ele alegou que esse grupo quer de todas as maneiras assumir o ontrole político e administrativo no município.

Ele afirmou que tudo teve início quando o grupo começou a plantar inverdades sobre a proposta das Zeis (Zonas de Especial Interesse Social, deturpando o projeto. "Agora, fazem denúncias levianas e mentirosas baseadas em suposições", disse. Ele pretende levar os denunciantes a justiça.

Garcia negou qualquer ligação empresarial com o grupo Riviera. Ele afirmou que conheceu o empresário Emídio Mendes quando de uma viagem a Portugal, em 2004, antes mesmo de assumir a prefeitura e que o empresário esteve em seu gabinete para discutir a construção de casas no bairro do Jaraguá.

"Recebi o empresário, como recebi outros inúmeros empresários em meu gabinete. São pessoas interessadas em investir, não apenas em São Sebastião, mas em toda a região. Nunca houve qualquer favorecimento ao grupo", afirmou.

Garcia disse que Zarzur Júnior participou de sua campanha política, inclusive doando R$ 40 mil, e que o empresário teria participado da comitiva que esteve em Portugal.

"Não tenho e nunca tive qualquer negócio com ele", disse. Garcia afirmou que, juntamente com sua mulher, possui três lanchas antigas, a mais valiosa, orçada em R$ 35 mil. Ele tem como hobby comprar lanchas antigas, para reformar e vender. Garcia disse que não possui nenhuma Ferrari.

Salim Burihan
ValeParaibano

Anônimo disse...

Planejamento Urbano: MP investiga tráfico de influência no litoral - VP - 27/10/06

Promotoria apura se grupo português foi beneficiado na elaboração do novo Plano Diretor de São Sebastião



Salim Burihan

São Sebastião



O Ministério Público de São Sebastião instaurou ontem inquérito civil para apurar um possível favorecimento do prefeito Juan Pons Garcia(PPS) ao grupo portugues Riviera Group na elaboração do novo plano diretor do município.



O inquérito foi instaurado pelo promotor da Cidadania, Luiz Fernando Marques Guedes. Segundo ele, o inquérito tem como objetivo apurar se a proposta de verticalização proposta no plano diretor beneficiaria diretamente áreas adquiridas pelo grupo.



O grupo Riviera adquiriu áreas em vários bairros de São Sebastião, entre eles Guaecá e Jaraguá, locais onde o plano diretor prevê a construção de prédios de até 20 metros (seis pavimentos). Atualmente, os prédios nestes locais estão proibidos pela legislação.



O promotor ouviu ontem a tarde o vice-prefeito Paulo Henrique Santana (PDT), que teria confirmado um possível favorecimento de Garcia ao Riviera Group. Santana não foi localizado ontem para comentar o assunto.



O Riviera adquiriu grandes áreas para tentar vender à Petrobras, quando da instalação da base de gás. Como a empresa escolheu Caraguatatuba para construir a base, a liberação da construção de prédios no Jaraguá e no Guaecá valorizaria as áreas pertencentes ao grupo.



Nos próximos dias, o MP deverá ouvir Garcia, o empresário Emídio Mendes e o empresário Andelmo Zarzur Júnior, que teria adquirido as áreas em nome do Riviera.



Zarzur Júnior também está sendo investigado pela Polícia Federal, por suposta sonegação fiscal, ocultação de bens e lavagem de dinheiro. Ele atuou e fez doações à campanha de Garcia em 2004. Zarzur Júnior foi denunciado por Santana e pelo empresário Estevão Ciappina, que também participou da campanha de Garcia em 2004.



Zarzur Júnior trabalhava com comunicação visual na cidade. A partir de 2004, logo após se aproximar ao grupo português, durante uma viagem com o prefeito a Portugal, passou a adquirir grandes áreas em São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba para o Riviera.



Ele não foi localizado ontem em sua casa no bairro de São Francisco para falar sobre o assunto.



OPERAÇÃO LEGAL - O diretor operacional do Riviera Group, Daniel Barbosa, negou ontem qualquer possível favorecimento da prefeitura ao grupo. "Adquirimos áreas, acreditando no desenvolvimento da região. Não ganhamos áreas da prefeitura", disse.



Segundo ele, também não teria havido nenhuma interferência do grupo quando da elaboração do plano diretor. "O Plano Diretor foi elaborado a partir de sugestões de técnicos e da comunidade", afirmou.

Anônimo disse...

enigma da multiplicação imobiliária em Coimbra


Serafim Duarte, Militante , do BE

A s férias de Verão convidam-nos a passear pela nossa cidade de forma mais descontraída e atenta. A impressão que Coimbra transmite a quem nela se desloca é a de um frenético fervilhar de construção imobiliária em zonas nobres da cidade. Durante os últimos vinte anos, a cidade foi expulsando população para as periferias e concelhos limítrofes. A razão é simples. Os preços da habitação atingiam níveis proibitivos para a maioria das bolsas da classe média, que se via obrigada a satisfazer as suas necessidades habitacionais a preços mais acessíveis em Condeixa, Miranda do Corvo, Lousã, ou mesmo nas freguesias semi-urbanas que mais cresceram, como S. Paulo de Frades, Eiras, S. Silvestre, S. Martinho do Bispo ou Santo António dos Olivais. Assim, assistimos a um crescimento de construção globalmente marcado pela ausência de planeamento urbano, de racionalidade e de respeito pelos equilíbrios ambientais. A falta de qualidade urbanística reflecte-se na fraca qualidade de vida, na escassez de espaços verdes e de lazer e no aumento dos problemas de poluição, de saneamento, de circulação e transportes. Entretanto, o centro da cidade foi-se esvaindo, fenecendo lentamente, não se descortinando qualquer esperança de salvação do estado comatoso em que se encontra.

Nestes últimos anos, porém, assistimos a um inusitado dinamismo de construção que constitui um verdadeiro enigma. Vejamos nos últimos vinte anos (1981-2001) a população de Coimbra cresceu 6,8%, ganhando apenas 9513 novos habitantes. Segundo o Censo de 2001, para uma população de 148 443 habitantes, haveria no concelho 68 096 alojamentos, dos quais mais de 7500 estariam devolutos, na sua esmagadora maioria para venda ou arrendamento. Se a procura de habitação é manifestamente inferior à oferta, como entender a enorme pressão imobiliária que se faz sentir na cidade? Como entender loteamentos como o de Lordemão com mais 2700 fogos para cerca de 7500 habitantes, ou o da Portela para cerca de 15 000 novos habitantes, já para não falar nos Jardins do Mondego, na Quinta de S. Jerónimo, na Quinta das Lágrimas, no Mondego Residence, no Eurostadium, no Celas Plaza e tantos outros que somados deverão representar, uma oferta habitacional, a cálculos por baixo, para mais de 35 mil a 40 mil novos habitantes e ainda por cima a preços proibitivos para a esmagadora maioria da população, mesmo da classe média. Se a população do concelho apenas cresce a uma modesta taxa média anual de 0,7% (c. 470 hab.) como entender este crescimento desmesurado da oferta de habitação? Decerto que a sua explicação não se encontra no lado da procura.

Embora haja uma manifesta apetência pela habitação de luxo em sectores da classe média alta com elevado poder de compra, as habitações que libertam dificilmente encontram compradores. O resultado é o aumento exponencial de habitação devoluta e o avolumar da crise imobiliária.

Parece haver, por parte das construtoras, a par de uma lógica predadora dos solos e espaços verdes, uma estratégia de fuga para a frente face à evidente crise do sector que já se manifesta, com cada vez mais nitidez. Constrói-se cada vez mais, mantêm-se os preços artificialmente elevados, alimentando a bolha da especulação imobiliária que mais tarde ou mais cedo inevitavelmente rebentará nas mãos dos seus promotores, com repercussões socioeconómicas consideráveis.

serafim.duarte@sapo.pt

Anônimo disse...

http://as100coisasmaisestupidasemcoimbra.wordpress.com/