Ordem para demolir cinco pisos das torres dos Jardins Mondego
polémico Carlos Encarnação dá 90 dias ao promotor para destruir recuados à venda por 850 mil euros Se o empresário não acatar a ordem, a autarquia executará os trabalhos
Miguel Gonçalves - JN
ACâmara de Coimbra deu 90 dias ao proprietário da mega-urbanização Jardins do Mondego, localizada em frente ao Pavilhão Centro Portugal e à linha da Lousã, para demolir cinco andares ilegais, que foram construídos num piso (oitavo) que não consta do projecto aprovado pela autarquia. Se até 7 de Março a ordem não for cumprida, a Câmara avançará com a demolição e apresentará a conta dos trabalhos ao empresário.
Os oitavos pisos construídos (acima do solo), nas cinco torres mais próximas do Parque Verde, além de não aparecerem no projecto e no alvará de loteamento, fazem o empreendimento ultrapassar o índice de construção permitido pelo Plano Director Municipal (PDM) naquele terreno.
Os Jardins do Mondego são uma urbanização de luxo, de grande dimensão, localizada numa zona de excelência da cidade de Coimbra, com uma vista panorâmica para o rio.
Em Março, no stand de vendas, pedia-se pelo apartamento mais barato (um T2) 230 mil euros. Os primeiros T5 dúplex que iriam surgir na ligação entre o sétimo e o oitavo pisos (este último ilegal) foram nessa altura colocados à venda por 850 mil euros (170 mil contos)/cada, mas desconhece-se se algum deles terá sido comercializado.
Face à pressão da opinião pública, que levantou suspeitas sobre "ligações perigosas" entre os poderes político, imobiliário e futebolístico, o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, acabou por anunciar, nas vésperas das últimas eleições autárquicas, que havia ordenado a demolição do oitavo piso do empreendimento. Mas isso nunca aconteceu e entre a sua versão do problema e a do vereador do Urbanismo registaram-se várias contradições. Ontem, na reunião da Câmara, Encarnação acabou por anunciar a demolição, sem direito a contestação por parte do promotor imobiliário, que deixou passar o prazo legal (90 dias) para apresentar uma solução para o problema.
O JN tentou o contacto com o proprietário da urbanização, mas todos os esforços resultaram infrutíferos.
História de prédio ilegal
No início de Março, o "Diário de Coimbra" noticiou a construção de cinco andares ilegais nos Jardins do Mondego. O vereador do Urbanismo, João Rebelo, embargou a obra, por seis meses.
A meados de Março, fica a saber-se que há prédios no topo norte da referida urbanização que ocupam uma área de Zona Verde. O mesmo vereador enjeita responsabilidades, argumentando que o loteamento foi aprovado em 1995, portanto, antes da sua entrada para a Câmara.
A 27 de Setembro, dois dias antes de terminar o prazo do embargo, o presidente da Câmara redigiu um despacho a notificar o promotor imobiliário para, no prazo de 90 dias, demolir os andares ilegais
polémico Carlos Encarnação dá 90 dias ao promotor para destruir recuados à venda por 850 mil euros Se o empresário não acatar a ordem, a autarquia executará os trabalhos
Miguel Gonçalves - JN
ACâmara de Coimbra deu 90 dias ao proprietário da mega-urbanização Jardins do Mondego, localizada em frente ao Pavilhão Centro Portugal e à linha da Lousã, para demolir cinco andares ilegais, que foram construídos num piso (oitavo) que não consta do projecto aprovado pela autarquia. Se até 7 de Março a ordem não for cumprida, a Câmara avançará com a demolição e apresentará a conta dos trabalhos ao empresário.
Os oitavos pisos construídos (acima do solo), nas cinco torres mais próximas do Parque Verde, além de não aparecerem no projecto e no alvará de loteamento, fazem o empreendimento ultrapassar o índice de construção permitido pelo Plano Director Municipal (PDM) naquele terreno.
Os Jardins do Mondego são uma urbanização de luxo, de grande dimensão, localizada numa zona de excelência da cidade de Coimbra, com uma vista panorâmica para o rio.
Em Março, no stand de vendas, pedia-se pelo apartamento mais barato (um T2) 230 mil euros. Os primeiros T5 dúplex que iriam surgir na ligação entre o sétimo e o oitavo pisos (este último ilegal) foram nessa altura colocados à venda por 850 mil euros (170 mil contos)/cada, mas desconhece-se se algum deles terá sido comercializado.
Face à pressão da opinião pública, que levantou suspeitas sobre "ligações perigosas" entre os poderes político, imobiliário e futebolístico, o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, acabou por anunciar, nas vésperas das últimas eleições autárquicas, que havia ordenado a demolição do oitavo piso do empreendimento. Mas isso nunca aconteceu e entre a sua versão do problema e a do vereador do Urbanismo registaram-se várias contradições. Ontem, na reunião da Câmara, Encarnação acabou por anunciar a demolição, sem direito a contestação por parte do promotor imobiliário, que deixou passar o prazo legal (90 dias) para apresentar uma solução para o problema.
O JN tentou o contacto com o proprietário da urbanização, mas todos os esforços resultaram infrutíferos.
História de prédio ilegal
No início de Março, o "Diário de Coimbra" noticiou a construção de cinco andares ilegais nos Jardins do Mondego. O vereador do Urbanismo, João Rebelo, embargou a obra, por seis meses.
A meados de Março, fica a saber-se que há prédios no topo norte da referida urbanização que ocupam uma área de Zona Verde. O mesmo vereador enjeita responsabilidades, argumentando que o loteamento foi aprovado em 1995, portanto, antes da sua entrada para a Câmara.
A 27 de Setembro, dois dias antes de terminar o prazo do embargo, o presidente da Câmara redigiu um despacho a notificar o promotor imobiliário para, no prazo de 90 dias, demolir os andares ilegais
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