Processo contra presidente da Académica foi remetido para o DIAP
14.10.2006 - 10h46 Lusa
O processo que envolve o presidente da Académica, José Eduardo Simões, e o empresário imobiliário Emídio Mendes foi remetido para o DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal), informa a edição de hoje do "Jornal de Notícias".
Segundo este diário, a PJ concluiu as investigações sobre os dois arguidos e cabe agora aos procuradores do DIAP de Coimbra a decisão de acusar ou arquivar o processo.
Em causa estão alegadas ligações entre o futebol e interesses imobiliários que levaram ao embargo da urbanização "Jardins do Mondego", obra licenciada quando José Eduardo Simões era director municipal do Departamento de Urbanismo.
A denúncia foi feita à PJ de Coimbra por carta anónima e mais tarde, dos 17 lotes construídos, os últimos pisos foram mesmo demolidos, por terem sido construídos ilegalmente.
Apesar de as investigações terem tido início há cerca de um ano, foi apenas em Fevereiro último que o presidente da Académica foi alvo de buscas em casa, na sede do clube e no gabinete onde exerceu funções, tendo sido encontrada uma elevada quantia em dinheiro (cerca de 200 mil euros) na bagagem do seu automóvel.
Na altura, num comunicado emitido pelo presidente academista, José Eduardo Simões referia que "a visita da PJ pecava por tardia" e que "viver com a sombra da suspeição é o pior que acontece a quem está inocente".
O dirigente acabou por se constituir arguido por vontade própria para ter acesso ao processo.
A ligação com Emídio Mendes resulta de uma investigação feita em paralelo pela PJ de Lisboa, que levaria a concluir eventuais ligações com José Eduardo Simões, devido às irregularidades detectadas no empreendimento citado.
A Agência Lusa tentou ouvir o presidente academista, mas tal não foi possível por este se encontrar incontactável pelo telefone.
Quinta-feira, Outubro 26, 2006
Aparece um outro empresário no imbróglio de São Sebatião, aquele do empresário para o qual irmão de Lula fez lobby
Eu não lhes disse que aquela história de São Sebastião não cheirava bem? Pois então. A Folha informa hoje que a Polícia Federal está investigando o empresário Andelmo Zarzur Júnior. As suspeitas são de sonegação fiscal, ocultação de bens e lavagem de dinheiro. Ele é ligado ao prefeito da cidade, Juan Pons Garcia (PPS), aquele que tem um projeto para verticalizar a cidade. Se aprovado, o Riviera Group, comandado pelo empresário Emídio Mendes, sairia beneficiado. O grupo já comprou muitos terrenos na região. Zarzur chegou a viajar junto com Garcia para Portugal. O que a Folha não informa é que o pai de Andelmo Zarzur Júnior, petroleiro aposentado e advogado, é ligado ao Sindipetro — Sindicato dos Petroleiros de Cubatão e à FUP, a federação da categoria. Todos são ligados à CUT. Genival Inácio da Silva, irmão do presidente Lula, já atuou como lobista de Mendes. Para ler mais a respeito na Folha, clique aqui, aqui e aqui. Em tempo: o grupo português também atua na área de energia. E Mendes já esteve reunido com um diretor da Petrobras
Disk Mail Denúncia:imprensaproibida@gmail.com
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